sábado, 13 de junho de 2009

Emprego dos Sonhos - Uma parábola



O Reino dos Céus é semelhante a um homem muito rico. Precisando contratar novos empregados faz o seguinte anúncio:

“Emprego dos Sonhos”

A empresa multinacional, “Céu e Nova Terra S.A” com forte presença em todos os continentes. Contrata pessoas, de ambos os sexos e qualquer idade, de toda raça, tribo, língua e nações.

O local do trabalho e moradia são indescritíveis, muito além da imaginação. O funcionário escolhe a atividade, o local e o salário dos seus sonhos.

Férias em lugar exótico e aprazível, ao gosto do empregado. Planos de saúde, estudos e viagens ilimitados. Alimentação, roupa lavada, creche próximo ao trabalho, tudo cortesia da empresa.

Um dia de descanso semanal.

Meios de transporte ilimitado, para ir e vir como e quando quiser.

Não há cobrança de impostos, nem de taxas de manutenção e de administração. Não é clube social e nem recreativo, podendo encontrar esses elementos lá.

Tudo tem atendimento de altíssimo padrão, requinte e bom gosto.

O emprego e as condições citadas são pessoais, vitalícios e intransferíveis, uma vez aceitos e integrados ao emprego não pode haver desistência.

Prazo limitado para seleção dos candidatos.

Os interessados terão que apresentar suas habilidades e interesses e convencer o Empregador dizendo por que merece ganhar o emprego.

O caso acima citado é uma parábola para refletirmos sobre a vida neste mundo e a vida que Deus nos propõe, ou seja, a vida eterna junto a Ele.


É um desafio que faço para cada leitor. Se você desejar responder a este desafio ficaria imensamente grato para saber a sua resposta. De preferência gostaria que a enviassem para meu email: rkmalbuquerque@uol.com.br

Se você tivesse esta proposta de “Emprego dos seus Sonhos” em suas mãos, eu perguntaria:

1- Qual sua disposição e esforço para obtê-lo?

2- Quais qualificações pessoais você apresentaria para ganhar uma vaga neste paraíso?

3- Quanto tempo você levaria para tomar uma decisão?

4- Você iria sozinho e ou quem você convidaria?

5- Quanto tempo levaria para arrumar sua bagagem e mudar-se para o local de trabalho?

6- Você se sentiria ou estaria capacitado para o emprego?

OBS. Nos próximos vinte dias, por motivo de viagem, devido a dificuldades locais, não poderei acessar a internet. Quando voltar da viagem, tentarei fazer um resumo da participação de todos, mas terei o cuidado de preservar a identidade do remetente do email. Sinta-se livre e à vontade para responder ao questionamento.

Quero apenas lembrar que a proposta acima citada, trata-se apenas de uma “parábola” e deve ser vista como tal. Não se tratando de nenhuma proposta concreta de emprego. (Caso fosse verdade, eu seria o primeiro candidato).



sexta-feira, 12 de junho de 2009

Administrando os talentos nossos de cada dia




VERSO PARA MEMORIZAR: “A todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância” (Mateus 25:29).


LEITURAS PARA ESTA SEMANA: Dt 8:18; Sl 50:12; Mt 24:46; 25:14-30; Lc 4:16; 1Co 6:19, 20


A mordomia não está limitada à atenção aos recursos financeiros e a ter certeza de que Deus receba Seus dez por cento. Embora certamente essa seja uma parte da mordomia, muito mais está envolvido.


“A palavra mordomo é mal-entendida e até estranha à nossa sociedade. Em nosso moderno vocabulário, não temos expressão que revele a riqueza dessa palavra.Zelador deixa de capturar a responsabilidade atribuída ao mordomo. Gerente parece inadequado para descrever a relação entre o proprietário e o mordomo. Curador é um termo muito passivo. Agente,em nossos dias, é muito usada para o interesse próprio. Embaixador é muito político, e falta a essa palavra o aspecto de servidão.Administrador é muito empresarial e perde o senso do pessoal. Tutor está muito ligado às responsabilidades dos pais” (R. Scott Rodin, Stewards in the Kingdom, p. 27).


A semana em resumo: Como uso meus talentos, meu tempo, meus recursos materiais, todas as coisas sobre as quais Deus me deu mordomia? Como vivo verdadeiramente minhas responsabilidades em direção ao meu Criador e Redentor? Isso é que é mordomia.


Se fosse dado um prêmio para a explicação mais clara de um conceito profundo e abrangente, Jesus o teria ganho facilmente com Sua parábola dos talentos.


1. Que mensagem básica sobre a mordomia existe nas palavras de Jesus?


Mt 25:14-30 - Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu. O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois. Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles. Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes.


Realidade número um: Todos nós temos talentos. Note na parábola que todos os servos receberam um ou mais talentos. Ninguém foi deixado sem algum talento. Esta é a primeira verdade que Jesus quis transmitir aos Seus discípulos.


Realidade número dois: Nem todos temos o mesmo número de talentos. É um fato da vida que temos que aceitar. Alguns são talentosos de muitas formas enquanto outros não são dotados de tantos talentos. Os que têm vários talentos nunca devem olhar de cima para baixo aos que têm menos talentos. A lição de Jesus é clara: a quantidade de nossos talentos não é o mais importante; o que fazemos com os que recebemos é o que importa.


Realidade número três: Alguns recusam usar seus talentos. Outros nunca reconhecem os talentos que têm. Infelizmente, ninguém os lembrou a respeito de seus dons. Ou eles perceberam seus dons mas, por muitas razões, se recusaram a investir energia em seu desenvolvimento.


Realidade número quatro: não usar os talentos é coisa séria. O “servo mau” não teve segunda chance. Ele foi lançado “nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes” (Mt 25:30, NVI) – descrição simbólica do nada absoluto da morte eterna. A negligência no uso do que Deus nos confiou não só nos prejudica nesta vida como também põe em risco a vida eterna. Isso significa que a questão de ser mordomos fiéis não é algo que pertence à periferia da experiência cristã — é a característica vital do discipulado.


Quais são seus dons? Ainda mais importante: o que você está fazendo com eles? Você os está usando para servir só a si mesmo e seus desejos, ou os está dedicando também ao serviço do Senhor? Por que esta pergunta é tão importante?






Administrando nosso tempo



Existe abundância de livros e cursos sobre a questão da administração do tempo. Eles têm ajudado milhões de pessoas a fazer melhor uso do tempo. Muitos cristãos fariam bem em ler alguns desses livros ou assistir a um bom seminário. Mas existem aspectos para o uso cristão do tempo que só se aprende lendo a Bíblia e, em particular, estudando a vida de Jesus.


2. O que os Evangelhos ensinam sobre uso que Jesus fazia do tempo? Quais são alguns dos elementos a ser notados, além do Seu programa repleto de pregação e cura?


a) Mt 4:23 - Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.


b) Mc 1:29-31 - E, saindo eles da sinagoga, foram, com Tiago e João, diretamente para a casa de Simão e André. A sogra de Simão achava-se acamada, com febre; e logo lhe falaram a respeito dela. Então, aproximando-se, tomou-a pela mão; e a febre a deixou, passando ela a servi-los.


c) Lc 4:16 Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.


d) Jo 2:1-11 - Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento. ..... Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o noivo e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora. Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.


e) Jo 12:2 - Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa.


No mundo estressante de hoje, o exemplo de Jesus é tão refrescante quanto digno de ser imitado. Jesus trabalhava muito e estava completamente dedicado à Sua missão. Mas procurava não perder as bênçãos do sábado. Os Evangelhos deixam claro que Ele tinha tempo para Seu Pai, para Seus amigos, para lazer e para boa alimentação. Esse tipo de administração do tempo (ou mordomia do tempo) se provará uma bênção a todos os que o praticarem.


A Bíblia não elogia os que se sobrecarregam com o trabalho nem aplaude os que sempre “pegam leve”. Como sempre, existe um equilíbrio, em que fazemos as coisas que precisam ser feitas e, ao mesmo tempo, não nos esgotamos emocional ou fisicamente. Deus tem a primazia de nosso tempo. Manifestamos isso pela guarda do sábado e ao tomar diariamente tempo para oração e adoração. Nossos queridos também devem ter uma parte adequada de nosso tempo. Então, existe tempo para trabalho, para lazer e para muitas outras coisas. A igreja também requer uma parte significativa de nosso tempo. Mas sempre deve haver equilíbrio, de forma que não caiamos em uma armadilha ou outra.


Qual é sua tendência: não fazer o suficiente ou fazer demais? Como você pode viver de maneira mais equilibrada com respeito à mordomia do tempo? Por que é importante fazer isso?





quinta-feira, 11 de junho de 2009

Nosso corpo, Templo para Deus


No mundo secular, a maioria das pessoas considera o corpo como propriedade pessoal. Julgam ter total direito sobre o que lhe aconteça. Isso se aplica não só ao grande número de mulheres que alegam ser livres para decidir se terão um aborto ou não, mas também a todos os que sentem ter o direito de prejudicar seu corpo pelo uso de substâncias frequentemente ilegais, de comer grandes quantidades de alimento prejudicial ou ter relações sexuais sempre que desejarem e com tantos parceiros quantos quiserem.


3. Como o cristão deve usar seu corpo? 1Co 6:19, 20. De que maneiras práticas podemos pôr estas palavras em ação?


1Co 6:19, 20 - Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo


O contexto imediato indica que o apóstolo Paulo estava se referindo, em particular, ao abuso do corpo pela imoralidade sexual. Infelizmente, em muitas partes do mundo, isso se aplica hoje tanto quanto na Corinto antiga, uma cidade conhecida pela perversidade.


Mas a ideia básica é que não devemos “pecar contra nosso corpo” porque não somos de nós mesmos. Primeiramente, fomos criados por Deus por meio de Jesus Cristo. Ele é nosso Criador e, portanto, somos responsáveis diante dEle por tudo o que fazemos. Em segundo lugar, Ele é nosso Redentor, aquele que nos comprou “por preço”.


A mordomia do corpo significa também que devemos tomar cuidado de nossa saúde. Isso se refere não apenas ao que comemos mas também ao descanso que fazemos e com a preservação da forma física mediante exercício adequado. E não pode haver dúvidas quanto ao uso de substâncias que criam dependência ou são prejudiciais de alguma forma.


No entanto, novamente, precisa haver equilíbrio. “A saúde em si não deve ser a preocupação. Deve ser parte do estilo de vida cristã e automática na aplicação. A preocupação excessiva com a saúde pode ser uma forma de idolatria que interfere na relação satisfatória com Deus. A saúde deve nos habilitar para o serviço a Deus, mas não é um fim em si mesma” (Leo R. Van Dolson e J. Robert Spangler, Healthy, Happy, Holy, p. 43).


Examine todos os seus hábitos de saúde, não apenas a alimentação. Em que você precisa melhorar? Que mudanças você pode e deve fazer? O que o impede de fazer o que sabe ser o certo.







Deus e nossas posses materiais



A mordomia cristã não trata só de dinheiro. Mas também trata do dinheiro. Este é parte essencial de nossa vida e desempenha um papel central na mordomia.


4. Que orientações dá a Bíblia sobre a administração das posses materiais?


Lv 27:30; - Também todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR.


Dt 8:18; - Também todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR.


Sl 50:12; - Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se contém.


Ml 3:8-10; - Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida


Mt 6:31; - Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?


Mt 23:23 - Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!


Fato número um: Tudo tem seu início em Deus. Ele é o proprietário de tudo. Ele nos dá força para trabalhar e ganhar a vida. Os que dizem: “Tudo isso foi ganho pelo meu próprio trabalho” esquecem uma verdade vital: foi Deus que os habilitou a ganhar o que eles possuem.


Fato número dois: Deus tem o primeiro lugar em tudo o que temos e fazemos, inclusive no uso do dinheiro. Antes de gastar qualquer parte de seu dinheiro, certifique-se de reservar o dízimo e as ofertas. Então, gaste o restante de maneira responsável, sempre ciente de que a mordomia se estende ao uso de qualquer porção do dinheiro que lhe for confiado.


Fato número três: Deus espera que Seu povo Lhe devolva pelo menos dez por cento de sua riqueza. Essa era a regra no Antigo Testamento, e esse princípio nunca foi revogado. Nos tempos do Antigo Testamento, o dízimo era recebido pelos sacerdotes e usado para o apoio dos serviços do santuário. Da mesma forma, hoje, nossos dízimos são recebidos e usados para financiar a comissão evangélica mundial que Deus confiou à Sua igreja.


Fato número quatro: Quanto mais dermos, mais seremos abençoados. Experimente isso, e você verá, por si mesmo, a veracidade das palavras: “Mais bem-aventurado é dar que receber” (At 20:35


Texto extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic1122009.html




terça-feira, 9 de junho de 2009

Enquanto esperamos Jesus voltar



Existe uma dimensão importante nas parábolas sobre os talentos que não devemos perder. Em Mateus 25:19, “o senhor” fez uma longa jornada e voltou depois de muito tempo para acertar as contas com seus servos. Em Lucas 19:12, somos informados de que o “homem nobre” foi para um país distante. Enquanto esteve em missão, ele foi tornado rei e, então, “voltou” (v. 15).


Lucas 19:12 - Então, disse: Certo homem nobre partiu para uma terra distante, com o fim de tomar posse de um reino e voltar.


Jesus estava Se referindo claramente a Si mesmo. Ele queria que os discípulos soubessem que Ele iria embora e se passaria algum tempo antes que Ele voltasse. Mas quando retornar, Ele pedirá contas do que foi feito com o que nos foi dado.


5. O que deve caracterizar nossa espera pela segunda vinda de Cristo? E o que os versos a seguir significam para nós na vida prática?


Mt 24:42-46. - Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.


Enquanto esperamos, vivemos com um propósito. Não se trata de uma espera ociosa mas como discípulos dedicados que são mordomos perspicazes sobre tudo o que nos foi dado. “Toca-nos estar atentos, vigiando quanto à vinda do Filho do homem; e precisamos também ser diligentes; requer-se que vigiemos tanto quanto nos é requerido que trabalhemos. Importa que haja uma união dessas duas coisas. Isto equilibrará o caráter cristão, fazendo-o bem desenvolvido, simétrico. Não devemos achar que podemos negligenciar tudo o mais e nos entregar à meditação, ao estudo ou à oração; também não devemos ser tumultuosos, apressados, ativos, com prejuízo da piedade pessoal. Devemos mesclar a espera, a vigilância e o trabalho. ‘Não sejam vagarosos no cuidado; mas sim fervorosos no espírito, servindo ao Senhor’” (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 23).


Estamos esperando pela volta do proprietário de tudo. Logo, Ele virá e requererá contas do que fizemos com nossos dons: tempo, força física e recursos materiais. O fato de que Ele vem para inspecionar os resultados de nossa mordomia fiel não deve nos assustar de forma alguma. A acusação do servo que enterrou seu talento e se recusou a empregá-lo proveitosamente, de que o mestre era um “homem severo” que queria ceifar onde não havia semeado, era totalmente falsa. Note que os servos que foram mordomos fiéis não tinham essa mesma visão negativa. Todo esforço que eles aplicaram à tarefa de mordomia foi plenamente recompensado quando ouviram seu mestre dizer: “Venha e participe da alegria do seu senhor” (Mt 25:21, NVI).


Se Jesus voltasse na próxima semana, o que Ele diria a respeito do que você fez na última semana com as coisas que lhe confiou?


Estudo adicional


Uma fonte de informações adicionais sobre o assunto da fidelidade é a compilação Conselhos Sobre Mordomia, em que foram reunidos comentários de Ellen G. White sobre esse assunto. Veja especialmente as páginas 195-206, que tratam dos motivos certos para dar.


“O Senhor não exigirá dos pobres o que eles não têm para dar; Ele não exigirá dos doentes as energias vitais que a fragilidade corporal impossibilita. Ninguém precisa se lamentar por não poder glorificar a Deus com talentos que nunca lhe foram confiados. Mas se você tiver só um talento, use-o bem, e ele crescerá. Se os talentos não forem enterrados, conquistarão ainda outros talentos” (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 5, p. 1.100).


Perguntas para reflexão


1. Como devemos entender a questão da mordomia e responsabilidade diante de Deus no contexto da salvação unicamente pela fé? Somos salvos porque somos bons mordomos? Ou nossa mordomia revela a realidade de nossa fé? E mesmo que cometamos enganos aqui, por que não devemos nos desesperar?


2. O que está errado com o que tem sido chamado de “evangelho da saúde e da prosperidade”, a ideia de que, se você viver de maneira correta, Deus lhe dará muito dinheiro e boa saúde? Como essa é uma perversão dos verdadeiros princípios da mordomia?


3. Comente a declaração a seguir:
“Os maiores e mais talentosos cristãos serão inúteis se não estiverem dispostos a ser usados por Deus. Em resumo, a disponibilidade é mais importante que a habilidade” (Mike Nappa, The Courage to Be a Christian [A Coragem de ser Cristão], p. 164).


4. Que conselho você daria a um membro da igreja que, com difíceis problemas financeiros, dissesse que não tem condições de devolver o dízimo, muito menos dar ofertas? Que abordagens poderiam ou deveriam ser usadas com essa pessoa?


Resumo: Todos recebemos um ou mais talentos. Foram-nos confiados recursos. Como mordomos, espera-se que “administremos” esses recursos no melhor de nossa capacidade, em grato reconhecimento de que tudo que temos, de fato, vem de Deus. A mordomia não deve ser uma obrigação difícil mas uma alegre priorização de todos os aspectos de nossa vida.


Texto extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic1122009.html



segunda-feira, 8 de junho de 2009

Estudo sobre mordomia cristã




Introdução

A mordomia é uma resposta do homem frente à maravilhosa provisão de Deus em nosso favor. Reconhecer que Deus provê é o mais proeminente e necessário aprendizado que cada verdadeiro cristão deve obter. “A finalidade cristã é a resposta do crente ao amor de Deus que o criou, preservou, redimiu e o santificou.”1 Os temas são interdependentes, que têm nos conduzido a uma sequência crescente, apresentando nossa caminhada cristã como ascendente e progressiva.


Na última semana, nos deparamos com a necessidade do discipulado. E esse discipulado nos impele a colocar todo o nosso ser, voluntariamente e por amor, à disposição de nosso Senhor. “Tornando-nos discípulos Seus, rendemo-nos a Ele com tudo o que somos e temos. Ele nos devolve, então, essas dádivas purificadas e enobrecidas para que as utilizemos para Sua glória em abençoar nossos semelhantes.”2


Esse é o verdadeiro sentido da palavra mordomia. Não somos fiéis para sermos abençoados. Somos abençoados porque somos fiéis. A fidelidade não é um preço pago para se obter algo, mas uma resposta de profunda gratidão pelo ilimitado presente recebido e obtido mediante o enorme preço pago pelo nosso Proprietário (1Co 6:9), Rei (Mt 6:33) e Salvador (Jo 3:16).


Obediência e lealdade provêm de uma indescritível graça recebida. A graça do corpo, do tempo, dos talentos, dos tesouros e muitas outras. Nascemos com todos esses dons que nada nos custam. Somos fruto de uma doação de amor. Nossas habilidades provêm de Deus, assim como o tempo e os recursos que estão à nossa disposição. A atitude não poderia ser outra a não ser a de oferecer ao Seu serviço nossos dons de forma total, por sermos impelidos por uma incontida gratidão.


O principio central é de que Deus nos concede bênçãos para que, por nossa vez, sejamos instrumentos de graça, mediante nossa resposta de lealdade e obediência impulsionada pelo amor. Em toda a Bíblia, Abraão tem sido um exemplo de homem fiel e daquele que crê. É reconhecido como o pai da fé. Quando Deus o chamou para ser Seu fiel mordomo, ofereceu-lhe a promessa: “De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome, e tu serás uma bênção” (Gn 12: 2).


O mordomo de Deus recebe graça e bênção sem medida. E sua fidelidade à benção e à graça recebidas deve ser impulsionada pelo amor. Por isso, Paulo afirma com palavras inspiradas: “Pois o amor de Cristo nos constrange” (2Co 5:14). Se nossa adoração, fidelidade, obediência e lealdade ao Senhor e Seus princípios não forem motivados ou impelidos pelo amor, o motivo de nossa ação será torpe e equivocado.


Quando se fala em mordomia, muitos logo pensam que o significado é “vida boa”, “privilégios” ou “sombra e água fresca”, etc. Porém, mordomia deriva de mordomo, que é um ecônomo, ou seja, aquele que é incumbido da direção da casa, o administrador. Biblicamente, isto significa que somos incumbidos de zelar pelos bens que o Senhor nos deu e dará; não só terras, dinheiro, joias, mas também o cuidado com o cônjuge, os filhos, a nossa vida e o zelo da Palavra e do nome do Senhor (Gn 24:2; 1Pe 2:9; Gn 39:4-6).


Essa fidelidade não deve ser exercida pela força da obrigação, mas pela força do amor. Caso contrário, apresentaremos o que não somos. E a hipocrisia foi uma das atitudes mais combatidas por Cristo. Deus é menos ofendido com a sinceridade de um pecador do que com a hipocrisia de um “santo”. “A obra de transformação da impiedade para a santidade é contínua. Dia a dia, Deus opera para a santificação do homem, e o homem deve cooperar com Ele desenvolvendo perseverantes esforços para cultivo de hábitos corretos.”3


Deus nos convida primeiramente a ser fiéis na comunhão com Ele. Cristo usou a analogia da videira e dos ramos para nos afirmar que, ligados a Ele, como ramos na videira, daremos frutos de maneira natural (Jo 15:1-5). Se não estivermos ligados a Ele, nada poderemos fazer.


II - O valor da vida


Só entenderemos a questão da fidelidade nos talentos, tempo, corpo e bens se refletirmos sobre o valor da vida. Mesmo sem essas preciosas dádivas, a vida por si só já implica em responsabilidade. O valor da vida é inestimável. Por isso, a recebemos de graça. Se Deus não a provesse, não a teríamos. Essa consciência deve nos levar a uma resposta de imensa gratidão.


Neste sentido entendemos, à luz do direito, que Deus é nosso dono e nós. Sua propriedade. Mas a motivação que levou Deus a nos criar não foi outra senão o amor. “Deus, em santo amor, criou, sustenta e governa tudo. A motivação de Deus, em todas as Suas ações, é o santo amor. Nossa definição da palavra mordomia estabelece o motivo de Deus. Todos os Seus atos são expressão de santo amor. Há amores que não são santos nem podem ser santificados; amores cujos motivos não são dignos nem justos. Assim não é, porém, o amor de Deus, porque este é santo; isto é um amor de acordo com Seu caráter perfeito.”4


Deus nos criou, dando-nos a vida por amor, para que vivamos em serviço de amor. A vida só terá valor se entendermos que vivemos para amar e ser amados. E ninguém mais que nosso Criador é digno de nosso amor incondicional. Essa perspectiva norteará nossa visão quanto a todos os Seus dons. “Já fui um embrião de apenas uma célula. Hoje, tenho mais de seis trilhões de células sadias. Tenho mais células que o número total de estrelas existentes no Universo!”5 Seguir a Deus ou servi-Lo apenas por obrigação é uma obediência que Ele dispensa. Precisamos querer servi-Lo motivados unicamente pelo amor.


Na parábola do filho pródigo, apresentada em Lucas 15, Cristo nos revela algumas verdades. A primeira nos ensina que o filho que pediu a herança do pai fez um pedido ilegítimo, porque o pai ainda estava vivo e, portanto, não havia herança para ser distribuída. Mesmo assim, o pai permitiu que ele fosse e gastasse dissolutamente seu corpo, bens, talentos e tempo. Hoje, não é diferente, pois igualmente nascemos, crescemos e nos desenvolvemos. Recebemos o corpo e nada pagamos por ele. Nossas habilidades também nos são concedidas gratuitamente. O tempo nos foi legado para que o usemos de acordo com nosso livre-arbítrio. E nossos recursos só são adquiridos porque termos corpo, habilidades e tempo.


Mas, de toda essa doação que constitui o valor da vida, um dia, Deus nos pedirá contas. Todo privilégio implica em responsabilidade. A exemplo do filho pródigo, precisamos tomar consciência de voltar ao Pai para servi-Lo por amor, almejando apenas ser tratado como um dos simples trabalhadores da Sua casa. Então, encontraremos o Pai de braços abertos, aguardando-nos.


III - Talentos e Tempo


O emprego dos talentos tem relação com o tempo. Na apropriada parábola dos talentos, apresentada por Cristo, o tempo foi o elemento determinante para se fazer a distinção entre os fiéis e os infiéis. A parábola declara: “Muito tempo depois veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles” (Mt 25:19). A fidelidade se desenvolve e é reconhecida pelo tempo que para ela é determinado.


A questão dos talentos tem relação com seu uso e obediência à direção indicada pelo seu proprietário. Deus é o presenteador das habilidades, quer sejam notórias ou comuns. Nesta parábola, vemos que Deus é quem doa pelo menos um talento a todos. Sua presciência é que decide a quem e o que dar. O Espírito Santo é o doador e aperfeiçoador dos talentos, usando-os como seus frutos para edificação da igreja (Gl 5:22-25).


Por isso, o Espírito Santo é o energizador ou animador do crente e da igreja. É o ar, o oxigênio, o sopro de vida. Sem Ele, tudo se torna estrutura ou maquinaria morta. Estritamente falando, não existe crente nem igreja sem o Espírito Santo. Só pelo Espírito, que nos sintoniza com Deus, temos consciência de quem é Cristo. Sem a iluminação e a eficácia do Espírito, Cristo seria uma figura histórica distante e a Bíblia não passaria de um clássico antigo. O Espírito é a fonte de poder para uma vida ética e ativa. É quem nos motiva a “ser” e “fazer”. O Espírito Santo cumpre a boa obra, para que a realizemos pelo ministério orientado pelos dons. Esse ministério é a arte de colocar as pessoas certas nos lugares certos, pelos motivos corretos, para conseguir os melhores resultados. Deus quer o seu melhor. Não se trata de apenas fazer. É fazer benfeito.


E o tempo é o espaço reservado e usado pelo Espírito Santo para que os talentos ou dons naturais sejam desenvolvidos e transformados para servirem de bênção e influenciarem os perdidos. “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl 5:25). Ao apresentarmos o tempo e o talento ao Deus Espírito Santo, estaremos sendo mordomos fiéis. “Deus concedeu ao Seu povo o suficiente para levar avante Sua obra, sem embaraços para ninguém.”6


IV - Corpo e Bens


Se os talentos são usados pelo Espírito Santo, requerendo o tempo para glória de Deus, o corpo é o lugar que o Espírito Santo escolheu para habitar. “Ou não sabeis que o nosso corpo é o santuário do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus? Não sois de vós mesmos; fostes comprados por bom preço” (1Co 6:19, 20). Esta indagação paulina nos informa claramente que a maioria que vive usando ou considerando o corpo algo banal, não sabe que ele é a habitação ou templo do Espírito Santo. Essa consciência muda tudo.


A habitação aqui descrita não está no sentido de aluguel, empréstimo ou favor concedido, mas assegura posse. Categoricamente, Paulo afirma: “Não sois de vós mesmos.” Para o humanismo secular, ou para alguns segmentos da sociologia, que defendem a liberdade humana desprovida de prestação de contas a quem quer que seja, essa afirmação soa como um atentado frontal às suas convicções. Mas a incontrovertível verdade é que não somos de nós mesmos: pertencemos ao Criador, nosso proprietário e Senhor. “Do Senhor é a Terra e a sua plenitude, o mundo e todos os que nele habitam” (Sl 24:1).


“Todo pensar, teleológico ou não, tem como ponto de partida um ou mais eixos orientadores, que também poderiam ser denominados paradigmas, não estivesse essa palavra tão desgastada. Um dos eixos orientadores, ou fios condutores, do pensamento de Paulo é de natureza teleológica em relação ao ser humano, já que procura explicar a razão de estarmos aqui, a finalidade de nossa existência.” 7


Nossa existência não pode ser plenamente entendida nem explicada sem o reconhecimento de nossa origem e finalidade de vida. “Fomos criados para adorar e glorificar a Deus.”8 E O glorificaremos com o que somos, e então, com o que temos: Nossos talentos e corpo, nosso tempo e bens.


Soergue outra poderosa verdade da afirmação paulina. O que poderia ser mais santo que o templo do Espírito Santo? Que alto privilégio, sermos escolhidos para tal habitação! Essa declaração elimina diretamente a filosofia da época. O corpo era visto como mau. Pela influência da filosofia, o corpo ficou em segundo e último plano. A tradição da igreja, provinda do pensamento filosófico, se tornou o padrão da igreja.


A Bíblia se tornou subserviente à tradição. Platão, com seu dualismo, considerava o corpo a prisão da alma. Aristóteles afirmava que o valor do homem estava na mente (Nous). E o mestre dos dois, Sócrates, destacava a ideia e o pensamento como aspectos mais importantes do homem. Sua frase célebre era: “Penso, logo, existo.”


“Qualquer coisa que façamos, que seja prejudicial ao corpo físico, constitui uma ofensa contra o Espírito que usa nosso corpo como lugar para Sua habitação e expressão (1Co 6:13). Isso contraria o ponto de vista gnóstico que faz da matéria coisa má, e que afirma que, em virtude de ser matéria o corpo físico, seria a sede da maldade humana, ao passo que a alma humana não seria corrompida. Pode-se mergulhar um vaso de ouro na lama, sem alterar suas qualidades e virtudes. Assim também, para o gnosticismo, pode-se abusar do corpo das maneiras mais devassas, sem que seja prejudicada a alma. De fato, em conformidade com esse ponto de vista, seria vantajoso abusar do corpo, a fim de levá-lo ao fim mais prematuro possível.”9


Quando somos fiéis quanto ao que somos, somos igualmente no que temos. A fidelidade ou infidelidade nos bens declara qual é nossa prioridade. Por isso, Cristo afirmou: “Pois onde estiver o vosso tesouro, aí estará o vosso coração” (Mt 6:21). Alguém afirmou que as partes mais sensíveis do corpo são o bolso e o estômago. Ambos, quando vazios, mostram quem é quem. Certo indivíduo estava para ser batizado e, ao entrar no tanque, levou consigo a carteira, pedindo que esta descesse às águas com ele.


A verdade é que vivemos em uma sociedade em que o dinheiro é a motivação que faz as pessoas se matarem e mentir. Há uma propensão natural para se amar o dinheiro, os bens e tesouros. E esse amor desencadeia outros pecados, levando seu amante à corrupção e degradação. Neste contexto Paulo afirma: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm 6:10). Deus estabelece um plano para nos livrar desse terrível mal. Trata-se do plano dos dízimos e das ofertas. Todos os bens e tesouros pertencem ao Senhor.


“Deus é o liberal doador de todo o bem e deseja que, da parte de quem recebe, haja reconhecimento dessas dádivas que provêem todas as necessidades físicas e espirituais. Deus só exige o que é Seu. A primeira parte é do Senhor, e deve ser usada como um tesouro que por Ele foi concedido. O coração despido de egoísmo despertará quanto ao senso da bondade e do amor de Deus, e será levado a vivo reconhecimento de Suas justas reivindicações.”10


É uma heresia pensar que Deus precisa do nosso dinheiro. Primeiro, porque não é nosso; e segundo, porque o próprio Deus declara: “Minha é a prata, e Meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2:8). A infidelidade no plano de Deus é caracterizada como roubo. “Roubará o homem a Deus? Todavia vós Me roubais, e dizeis: Em que Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas” (Ml 3:8).


Note que as ofertas são apresentadas. O dízimo já é um consenso, alguns só desobedecem quanto à sua aplicação. E esses querem destinar o que pertence a Deus suplantando Sua ordem. Pensam que os dízimos podem suprir a escassez dos pobres, a reforma de colégios e igrejas. Todos os fins são bons, mas vão de encontro à vontade e orientação de Deus.


A serva do Senhor adverte: “Ninguém se sinta na liberdade de reter o dízimo, para empregá-lo seguindo seu próprio juízo. Não devem servir-se dele numa emergência, nem usá-lo como lhes pareça justo, mesmo no que possam considerar como obra do Senhor. É-me ordenado dizer-lhes que estão cometendo um erro aplicar os dízimos a vários fins, os quais, embora bons em si mesmos, não são aquilo em que o Senhor disse devem ser aplicados. Os que assim procedem estão se afastando do plano de Deus. Ele os julgará por essas coisas.”11


Paulo ainda nos traz um inspirado conselho quando admoesta quanto à dádiva das ofertas e o exercício da liberalidade. “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2Co 9:7). Alguns usam essa declaração fora do seu contexto amplo e imediato. Afirmam que as ofertas são opcionais, e só devem ser entregues se o coração for tocado.


No entanto, esse inspirado conselho não nos desobriga de ofertar ou contribuir. Ao contrário, nele vemos a maneira pela qual devemos ofertar. O melhor motivo para a oferta não é a emoção, mas o planejamento racional, movido pelo amor, que envolve todo o ser. Paulo incentiva com essas palavras o princípio da proporcionalidade e diz respeito ao modo: “Contribuir com alegria”.


O contexto imediato é muito bem descrito no verso 6, em que nos é apresentado o princípio da proporcionalidade, impulsionada pela graça. Este é o tema central da abordagem de Paulo tanto na primeira quanto na segunda carta aos Coríntios. Seu contexto amplo tem início no capítulo 8:1 da segunda epístola em análise. Paulo apresenta os irmãos da Macedônia como sendo liberais por terem a manifestação da graça em sua vida.


Em outras palavras, Paulo está afirmando: “Se vocês têm recebido e conhecido a manifestação da graça de Jesus Cristo na vida, então ofertem!” Duas palavras são destaque no verso 6 da segunda epístola: “muito e pouco”, afirmando proporção e fidelidade. Quem tem recebido pouco, seja fiel no pouco, e o que recebe muito seja fiel no muito. No Antigo Testamento, Deus orientou o povo para ser fiel, cada qual na sua devida proporção. (Ver Lv 5:7, 11). Em Números 7:2, 4, 13-17; o Senhor recebe muito de quem tem muito. Na Festa dos Tabernáculos vemos o mesmo princípio (Ver Dt 16:16, 17).


Não é o ato, mas o motivo. Não é a doação, mas a maneira. Deus pede que sejamos fiéis à nossa devida proporção. Ele nos convida a “propor em nosso coração”. Ele nos põe à prova, e nos diz: “Analise o que tenho concedido a você, e o que tenho feito. Depois, faça uma oferta a Mim, seja do muito ou do pouco.” Você e eu temos o privilégio de primeiro analisar, para então ofertar.


Deus não nos dispensa de ofertar, porque nunca deixou de nos abençoar. Deus é o originador. De quem recebe muito, espera-se fidelidade no muito e de quem recebe pouco, espera-se fidelidade no pouco. A parábola dos talentos confirma essa proporcionalidade e fidelidade. No elogio que o Mestre fez à oferta da viúva, Ele declarou que ela deu mais que os outros. Não em quantidade, mas em qualidade e fidelidade. Os fariseus davam ricas somas. Mas pecavam na proporção e no motivo. Em vez de dar com alegria e gratidão, davam com presunção e vaidade. Doavam menos do que deveriam doar. Davam a sobra e não o devido.


O Pr. Decival Arcanjo Novaes12 afirmou em um seminário algo muito relevante e próprio: “Na cultura hebraica, o dízimo era o mínimo exigido por Deus. E com as ofertas não seria diferente. Diante da graça que move o coração, Deus nos convida para a dádiva do segundo dízimo. Este faz alusão à criação e à oferta da redenção. Ambas são essenciais. No Antigo Testamento, Deus pedia o dízimo; no Novo Testamento, Ele nos pede todo o ser.’’ Nesse contexto, entendemos as palavras do apóstolo Paulo aos irmãos em Roma: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12:1).


Conclusão


Mordomia é uma resposta de amor e fidelidade a um imenso dom recebido. Os dons de Deus não podem ser pagos. Neles se resume a vida. O princípio é que chegamos à vida sem nada e dela sairemos igualmente sem nada. Um conto popular apresenta os três últimos desejos de Alexandre o Grande antes de morrer. Quando à beira da morte, Alexandre convocou seus generais e lhes relatou seus três últimos desejos:


  1. Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
  2. Que fossem espalhados no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...).
  3. E que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Admirado com esses desejos insólitos, um dos seus generais perguntou a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou:

  1. Quero que os mais eminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte.
  2. Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas vejam que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem. E por último:
  3. Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas vejam que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

A Palavra de Deus nos declara: “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele; tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1Tm 6:7, 8). Vivendo esta certeza, valorizaremos o que temos desvalorizado, e desvalorizaremos o que tanto temos valorizado. Sejamos fiéis no pouco e no muito, e vivamos a essência da mordomia. E o melhor: Ouçamos do nosso Mestre as palavras que todos mais desejam ouvir: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:21). Maranata!


  1. Ellen G. White, Fé e Obras, p. 14
  2. Ellen G. White, Parábolas de Jesus, (Tatuí:São Paulo, 1990), p.328.
  3. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, (Tatuí: São Paulo, 1990), p. 532.
  4. A.B. Langston, Esboço de Teologia Sistemática, (Rio de Janeiro: Juerp, 1986), p. 43.
  5. Daniel Godri, Sou Alguém Muito Especial,(Blumenau: Santa Catarina, Editora Eko), p. 20.
  6. Ellen G. White, Testemunhos e Seletos, (Tatuí: São Paulo, 1990), Vol. II, p. 257.
  7. Lourenço Stelio Rega, Paulo sua vida e sua presença ontem, hoje e sempre, (São Paulo: Editora Vida,2004), p. 54.
  8. David Clyde Jones, Biblical Christian ethics, p.21.
  9. R.N.Champlin e J.M. Bentes, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia,(São Paulo: Interlagos, Editora Candeia, 1995), pp. 928 e 929.
  10. Ellen G. White, Chuvas de Bênçãos, (Tatuí: São Paulo, Casa Publicadora Brasileira, 2000), p. 13.
  11. Ellen G. White, Mordomia e Prosperidade, (Tatuí: São Paulo, Casa Publicadora Brasileira, 1990), p. 101 e 103.
  12. Departamental do ministério da fidelidade na Associação Paulista Central, doutorando em Teologia Pastoral.


Pastor José Orlando Silva
Mestre em Teologia Sistemática
Boa Viagem - Recife





domingo, 7 de junho de 2009

Estudo sobre mordomia cristã - Resumo





I. Uma vida de fidelidade


(Lc 16:1-12) - Disse Jesus também aos discípulos: Havia um homem rico que tinha um administrador; e este lhe foi denunciado como quem estava a defraudar os seus bens. Então, mandando-o chamar, lhe disse: Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes mais continuar nela. ..... Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito. Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza? Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso?


A. Esta parábola, em que os talentos são comparados ao dinheiro, é uma das passagens mais citadas quando se discute a mordomia. Mas a mordomia é muito mais que o uso prudente do dinheiro; mordomia trata de tornar Deus a prioridade absoluta sobre tudo mais na vida. Quais são alguns aspectos da vida em que você pode ser um mordomo mais fiel?


B. Jesus realizou tanto em Seus três anos e meio de ministério, equilibrando o ministério com a família, os amigos e o crescimento espiritual. Como você pode aplicar à sua vida os princípios de mordomia utilizados por Jesus?


II. As alegrias da fidelidade


(Rm 12:1) - Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.


A. Paulo nos aconselha a nos tornarmos sacrifícios vivos, dedicados a agradar a Deus. Que passos podemos dar em nossa vida para tornar realidade as palavras de Paulo?


B. A vida fiel é um estado contínuo de adoração. Que alegrias você tem por saber que está adorando a Deus em suas ações?


III. O equilíbrio da fidelidade


(Ec 3:1) - Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:


A. A Bíblia ensina que há tempo para tudo. Esse ensino sugere uma vida de equilíbrio. Como a fidelidade é um ato de equilíbrio?


B. Nós, também, precisamos nos esforçar para alcançar o equilíbrio em tudo o que fazemos. Como podemos alcançar o mesmo equilíbrio de vida que Jesus tinha?


A fidelidade é vital ao discipulado. Priorize suas responsabilidades e valores e viva conforme o plano de Deus.



Conceito-chave:
Deus nos fez mordomos de dons específicos para serem usados em Seu serviço.


Os dons que Deus nos deu são únicos para cada um de nós individualmente e, de certa forma, são semelhantes aos que Ele dá a todos os Seus filhos.


A história dos talentos fala não só a respeito de mordomia mas também se relaciona com várias outras histórias que Jesus contou sobre nossa relação para com Seus dons. Como essas histórias apresentam os princípios da fidelidade.

Comentário bíblico

I. O Mestre e Sua propriedade


(Mt 25:14-30.) - Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu. O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois. Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles. Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes.


Evidentemente, na parábola dos talentos, a propriedade pertence ao Mestre. Ele confia Suas propriedades aos servos, mas essas não são dadas como presentes; Ele espera que os servos prestem contas das propriedades, e as devolvam, quando Ele voltar da viagem. Por que o Mestre ficou tão zangado com o terceiro servo que devolveu somente a propriedade do Mestre, sem ampliá-la?


Por que a fidelidade cuidadosa é recompensada com mais propriedades a investir, considerando que a falta de fidelidade é motivo para a perda daquilo que temos?


II. As ovelhas e os cabritos


(Mt 25:31-46.) - Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me. E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos? Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.


Esta história segue passo a passo a parábola dos talentos. Quais são as bênçãos materiais e temporais que têm tanto as ovelhas como os cabritos? Nem as ovelhas nem os cabritos reconhecem que o uso de suas bênçãos afetou seu Rei, mas o Rei reconhece diretamente a sua fidelidade ou infidelidade, com as consequências de morte e vida eterna, como o Senhor reconheceu na parábola dos talentos.


Pense nisto: Por que a fidelidade é uma questão de vida ou morte?


III. As dez virgens


(Mt 25:1-13.) - Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo. Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram. Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora


Nesta parábola, o óleo não é um presente; ele deve ser comprado. Neste caso, a moeda corrente não é o dinheiro duro e frio, mas a fé que compra o dom.


A existência ou não de óleo tem consequências eternas para as dez virgens. Note-se, também, que a parábola é a respeito de dez virgens, cinco tolas e cinco sábias, e não sobre cinco virgens sábias e cinco prostitutas tolas. Por que virgens? O que elas simbolizam? Obviamente, as virgens são símbolo de pureza. Pode-se dizer que o fato de serem todas virgens significa pureza de religião. Mas o que distingue as sábias das tolas são suas ações. As virgens sábias não só têm fé, mas uma fé viva. As virgens sábias mantêm suas lâmpadas cheias de óleo, confirmando crença com ação. Elas são mordomos fiéis, ou guardiãs, da luz que receberam.


À luz do dia, pode ser difícil dizer qual é a diferença entre as virgens tolas e as sábias. Mas, na escuridão, a diferença entre as lâmpadas com óleo e as sem óleo é luminosamente visível. As que não têm óleo não têm luz nem calor para dar aos outros. Uma lâmpada sem óleo é inútil. O mesmo acontece com a vida que não é dotada do Espírito Santo a nos inspirar para agir como mordomos diligentes de tudo o que nos foi confiado.


Pense nisto: Que problemas com a mordomia enfrentaram tanto as virgens sábias como as tolas? Como as virgens sábias fizeram provisão para o imprevisível? Que princípio de mordomia essa parábola ilustra?


Parábola:


Uma mulher idosa e pobre que morava havia muito no bairro, e mal conseguia sobreviver, finalmente faleceu. Os que foram cuidar de seus negócios estavam limpando algumas gavetas quando encontraram acidentalmente uma pilha de cheques. Um parente distante havia enviado dinheiro fielmente, mas a idosa, sabendo ou não o que estava fazendo, nunca havia sacado os cheques. Ela viveu e morreu em desesperada pobreza, nunca aproveitando as bênçãos que lhe haviam sido enviadas fielmente.


Aplicação à vida diária:


Como podemos deixar de usar as bênçãos que Deus nos concede? Qual pode ser o custo para nós e para outros ao nosso redor?


Pratique a mordomia cristã nas próximas semanas. Sugestões:

1. Em que atividades em favor do próximo você se sente mais realizado? Mencione cinco atividades em que se sentiu mais confortável, e, quando tiver tempo, descreva detalhadamente o que lhe deu maior satisfação nessas experiências. Examinando essa lista, o que você pode aprender sobre os dons que Deus lhe deu? Como você pode sentir-se feliz ao tomar consciência de Seus dons?


2. Planeje manter o diário do que você fará a cada 15 minutos por um dia ou mais na próxima semana. No fim da semana, analise quanto tempo foi gasto em trabalho, recreação, família, exercício, devoção e assim por diante. Procure detectar o tempo perdido assim como procuraria por um tesouro. Você precisa reavaliar o uso de seu tempo? Deus é o criador de seu tempo e investiu muito nesse dom para você. Que expectativas Ele tem sobre o uso que você faz do tempo?


3. Faça uma lista dos recursos do corpo físico, como: força, visão, mobilidade, e assim por diante. Faça uma lista de seus recursos materiais, sociais e mentais, e também seus talentos e habilidades. Como você tem usado esses recursos para o serviço de Deus? Como esses recursos aumentaram ao longo dos anos? Em que novos meios eles podem ser usados para Deus?


4. Planeje investir um de seus recursos para o serviço de Deus. Imagine como pode dedicar a Deus esse talento. Escreva uma série de um mês, de três meses, de um ano e de cinco anos, detalhando os passos na direção dessa meta de investimento. Mantenha atualizado em seu calendário esse plano. Mais importante, lembre-se de lançar diariamente todos os seus planos diante de Deus.