sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um mundo passageiro




(1Jo 2:17) - Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.


No verso 16 o apóstolo apresenta a primeira razão por que não devemos amar o mundo: o amor do mundo e o amor do Pai são incompatíveis. No verso 17, João acrescenta uma segunda razão: Não faz sentido amar o mundo, porque o mundo é passageiro. É melhor e mais sábio escolher o que permanece. Fazendo isso, nós mesmos também permaneceremos – isto é, viveremos para sempre.


A humanidade é tentada a viver o momento, ser cativada pelo mundo material e entesourar só o que pode ser visto. Então, Paulo se une a João dizendo: “Procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com Ele em glória” (Cl 3:1-4, NVI) e: “assim, fixamos os olhos não naquilo que se vê, mas no que não se vê. Pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (2Co 4:18, NVI).


6. O que a Bíblia ensina em outros textos sobre a natureza transitória do mundo e do planeta Terra?


Dn 2:35; - Então, foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou, e deles não se viram mais vestígios. Mas a pedra que feriu a estátua se tornou em grande montanha, que encheu toda a terra.


1Co 7:31; - e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa.


2Pe 3:10-12 - Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.


Em 1 João 2:8, João já havia declarado que as trevas se vão dissipando. Agora, ele usa o mesmo verbo e diz que o mundo está passando, inclusive sua cobiça. Chegou uma nova era com a encarnação de Jesus: a luz. As coisas deste mundo estão passando; isso deve ser óbvio para todos. Em um mundo que está passando, e nós juntamente com ele, as soluções políticas nunca podem ser a solução final.


Se o mundo está passando, como podemos sobreviver? João responde: a solução está em fazer a vontade de Deus. Embora a teologia correta seja importante e João tente refutar os falsos mestres com sua compreensão equivocada de Jesus e do pecado, também é importante viver em obediência. A ética não pode ser separada da teologia. Palavras bondosas e doutrinas corretas não são suficientes. Nossa teologia deve ser vivida.


Não vamos nos sentir tão à vontade aqui a ponto de esquecer nosso alvo eterno; não vamos comprometer nosso amor a Deus sendo atraídos àquelas coisas e atitudes que são hostis a Ele.


Que exemplos do lado passageiro das coisas na Terra você vê todo dia? O que eles lhes dizem? Por que – quando é tão evidente que as coisas aqui não duram – achamos tão fácil viver como se fossem durar por toda a eternidade?



Estudo adicional


Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 196, 197: “Mundanismo na Igreja”.


”Cristãos professos gastam anualmente soma considerável com inúteis e perniciosas condescendências, enquanto as pessoas estão perecendo à falta da Palavra da Vida. Deus é roubado nos dízimos e ofertas, enquanto consomem no altar das destruidoras concupiscências mais do que dão para socorrer os pobres ou para o sustento do evangelho. ... O mundo está entregue à satisfação de si mesmo. ‘A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida’ dominam as massas populares. Os seguidores de Cristo, porém, são dotados de uma vocação mais elevada. ... À luz da Palavra de Deus estamos autorizados a declarar que não pode ser genuína a santificação que não opere a completa renúncia de todo desejo pecaminoso e prazeres do mundo" (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 475).


Falando positivamente, nossa passagem nos diz: Os cristãos genuínos têm um relacionamento íntimo com a Divindade, manifestam obediência amorosa, recebem forças para vencer o mal e têm em si a habitação da Palavra de Deus. Seus pecados foram perdoados. Negativamente, não amam o mundo mas o rejeitam onde ele é hostil a Deus e Sua causa.


Perguntas para consideração


1. Nosso mundo é totalmente transitório. Não vai durar para sempre; até a ciência – com todas as suas fraquezas – nos diz isso. Que esperança, porém, a Bíblia oferece e que a ciência não pode oferecer?


2. Alguns, ouvindo o conselho contra o amor ao mundo, dele se isolam tanto quanto podem, se mudam para mosteiros ou comunidades radicalmente separadas da “norma”. Essa é uma boa ideia? Ou má? Pode ser bom em alguns casos? Discuta.


3. Por que a vitória sobre o pecado é tão importante para quem deseja “andar na luz”? Como você por obter essa vitória?


Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic532009.html



quarta-feira, 29 de julho de 2009

Andando na Luz: Renunciando ao Mundanismo - Resumo



Texto-chave: 1 João 2:15-17 - Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.

Resumo

I. Tendo o foco certo

A. O que você incluiria na expressão “amar as coisas que há no mundo”? Por que o amor do mundo e o amor do Pai são incompatíveis?


B. Comente o papel do perdão no andar na luz.


C. Frequentemente, cantamos “Que segurança, sou de Jesus”, mas o desafio é pôr isso em prática. Como podemos ter certeza de que nossos pecados estão perdoados? Explique como essa questão afeta sua vida.


II. Sentir: Apreciar o dom da salvação


A. Como podemos experimentar a certeza absoluta da salvação?


B. Deus nos perdoa livremente, não importando o que fizemos. Como podemos nutrir essa atitude de perdão em nossas relações com os outros? Devemos perdoar em todos os casos? Explique.


III. Fazer: Renunciar às coisas mundanas


A. Às vezes, é difícil olhar para o invisível e eterno. Conte como você consegue manter os olhos no que é eterno.


B. Que responsabilidade vem com a posse de bens terrestres? Como devem ser usados?


C. Treine para explicar brevemente a alguém o que significa ser perdoado.

Resumo: Parte do que significa andar na luz é abandonar as coisas passageiras deste mundo; isso deve ser fácil, em comparação com o que nos é oferecido: a vida eterna.


Para o crescimento espiritual: Mesmo enquanto vivem no mundo, os cristãos precisam rejeitar os valores e as prioridades do mundo. Não importa qual seja a idade ou a maturidade da fé, todos precisam estar cientes do que significa viver como cristãos neste mundo. Comente com a classe o esforço do apóstolo para viver como cristão (1Jo 2:12-17).

Todos clamam por Deus. Parece que esse instinto de adorar está arraigado tão profundamente em nosso DNA que mesmo alguém que professe não crer em um Criador se sente impelido a satisfazer a necessidade de um Criador de outras maneiras – às vezes estranhas. Aparentemente, este era o caso de Friedrich Nietzsche, ateu e provavelmente o filósofo mais influente do século 19. Nietzsche anunciou que Deus estava morto. Mas, em seus últimos dias, afirma-se que ele foi visto em um parque, abraçando a estátua de um cavalo e sussurrando: “Seja o meu Deus!”


Estranho, não é? A necessidade de Deus em Nietzsche foi tão forte que subverteu suas próprias objeções, levando-o a venerar uma estátua inanimada, artificial. Infelizmente, fundir um animal para torná-lo deus não é nada novo. As ações de Nietzsche nos lembram que Arão fundiu um bezerro de ouro, que ele apresentou diante de Israel com as palavras: “Eis aí os seus deuses” (Êx 32:4, NVI). Em um mundo que seduz com suas oportunidades áureas de riqueza, paixão e indulgência própria, somos tão vulneráveis quanto Israel à tentação de esquecer o Céu.

Bezerro de ouro de Arão. Cavalo de bronze de Nietzsche. Que tipo de Deus é o seu?


Comente: Nietzsche fez da razão um deus em vez de adorar o Deus que fez a razão. No fim, a razão o abandonou. Com a história de Nietzsche em mente, por que devemos abandonar o que o mundo chama de razão, mesmo correndo o risco de parecer “irrazoáveis”, na tentativa de estar no mundo mas não pertencer a ele?


O apóstolo diz aos membros da comunidade de fé que eles são os mais abençoados na Terra e, ao mesmo tempo, os mais assaltados por perigos. Enfatize nesta lição que eles vão experimentar tanto as alegrias como as lutas da vida cristã.


Resumo: Para os crentes de vários níveis de maturidade, o apóstolo dá idêntica mensagem: perdão dos pecados, conhecimento de Deus e vitória em Cristo. Mesmo os cristãos que experimentam esta mensagem são advertidos a respeito dos perigos de um mundo que tenta sufocar sua fé. Mas o verdadeiro fiel não precisa ter medo. “O mundo passa”, mas “aquele... que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1Jo 2:17).


I. O privilégio cristão


(Leia 1Jo 2:12-14.)

O apóstolo esboça três privilégios sem igual para a comunhão cristã. Primeiro, nossos pecados são perdoados “por causa do Seu nome” (v. 12). O nome “Jesus” significa que Ele é o Salvador (Mt 1:21). Por intermédio dEle “lhes é proclamado o perdão dos pecados” (At 13:38, NVI); “pois, debaixo do Céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4:12, NVI).


No pensamento bíblico, um nome é mais do que um nome, apenas. Quando o salmista ora: “Por causa do Teu nome, Senhor, perdoa a minha iniquidade” (Sl 25:11), ele se refere não apenas ao nome de Deus, mas a quem Deus é: misericordioso e bondoso, digno de toda a confiança. Clamar a Jesus como fonte do perdão é colocar plena fé no que Ele fez em carne humana. Por causa de quem Jesus é e o que fez na cruz, Seu nome é “a insígnia” do cristão" (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 28).


Segundo: Conhecemos a Deus “que existe desde o princípio” (1Jo 2:13, 14). A humanidade está sempre à procura de Deus. Alguns se voltam para a filosofia; outros, à busca de um princípio universal; alguns se voltam para os ídolos. Mas os cristãos conhecem “O que era desde o princípio” – o Criador. Eles O conhecem como aquele a quem os apóstolos ouviram e viram (1Jo 1:1) – Jesus Cristo, Deus encarnado. Eles conhecem aquele cujo “sangue... nos purifica de todo pecado” (1Jo 1:7). Conhecer a Deus é estabelecer uma experiência íntima, relacional – tão próxima quanto a experiência de um filho com seu pai.


Terceiro, temos a vitória sobre o pecado e o mundo (1Jo 2:13, 14). “Vitória” é um componente forte do vocabulário de João. Das 28 vezes em que a palavra grega relacionada com a ideia de “vitória” aparece no Novo Testamento, 24 são encontradas nos escritos de João. Ele foi testemunha ocular da cruz e da ressurreição, que afetou a vitória final de Deus sobre o pecado e Satanás. Para o apóstolo, vitória é um aspecto decisivo da viva cristã: “Tendes vencido o Maligno” (v. 13).


Vencer o pecado não é simplesmente viver uma vida ética e cheia de virtudes morais. É afirmar uma vitória pessoal sobre o diabo e, então, continuar a viver a vida santificada. Esse privilégio não é de nossos méritos, mas de Cristo. Vencemos porque Cristo venceu. Sua vitória é nossa vitória. Sua força é nossa força (veja Jo 16:33; Rm 8:31-39).

Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. (João 16:33)


Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Rom. 8:31-39)


Comente: De acordo com 1 João 2:12-17, quais são os fatores pelos quais podemos estar certos da salvação?


II. A luta cristã


(Leia 1Jo 2:14-17)


Embora os cristãos tenham a vitória (1Jo 2:14), o apóstolo adverte contra dois perigos. Primeiramente, aconselha: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo” (1Jo 2:15). Obviamente, “o mundo” não se refere ao mundo físico, que é declarado ser bom (Gn 1:31). Nem se refere ao mundo das pessoas, a quem Deus ama. Significa o mundo do pecado: o presente sistema ímpio sob o controle de Satanás. Esse sistema se coloca em oposição às prioridades de Deus, explicadas em 1 João 2:12-15: perdão dos pecados, conhecimento e vivência com Deus, o que leva a uma vida vitoriosa sobre o pecado, e fidelidade à Palavra de Deus. A fim de ser cristão, é preciso renunciar ao mundo do pecado e às coisas que esse mundo reclama como suas.


Segundo, João menciona três coisas específicas do mundo que o crente deve rejeitar: “A cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens” (v. 16, NVI). Juntos, eles simbolizam um estilo de vida e uma visão de mundo dominada pelo amor próprio, rejeição a Deus e ostentação das coisas do mundo. Pense, por exemplo, na perda daqueles que aceitaram esta visão de mundo: Eva aceitou as palavras da serpente porque o fruto era “agradável aos olhos”; o arrogante abuso do poder de Davi e satisfação dos desejos carnais que terminou em adultério e assassinato; o orgulho homicida de Jezabel, que destruiu Nabote. O cristão não pertence a este mundo. Ele deixa este mundo por outro, onde morrer é viver, amar é servir e adorar a Deus é obedecer-Lhe a qualquer custo.

Comente: Jesus disse que os cristãos estão “no mundo” mas “não são do mundo” (Jo 17:11, 14). O que significa isso?


“Quando alguém se converte a Deus, passa a ter um novo gosto moral, novo motivo impelente, e ama as coisas que Deus ama, pois sua vida é, pela cadeia de ouro das imutáveis promessas, ligada à vida de Jesus” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas v. 1, p. 336). Leia essa preciosa passagem pense no seguinte:

Perguntas para reflexão


1. Que tipo de novo gosto moral a pessoa passa a ter na conversão? Quais são as diferenças das coisas do mundo?


2. Faça duas listas: coisas que Deus ama e coisas que o mundo ama. Como sua vida é afetada por essas coisas?


Perguntas de aplicação


1. Estar no mundo e não pertencer ao mundo é uma escolha espiritual, essencial para a experiência de salvação. Significa uma escolha diária. Como essa escolha afeta nossas decisões diárias? Fale de situações específicas.


2. Somos chamados a ser imitadores de Cristo. Mas vemos muitas práticas mundanas invadindo nossa vida e nossos lares todo dia. Quais são algumas dessas práticas, e como você as enfrenta? Como podemos testemunhar para o mundo sem imitá-lo?


1. Projeto de estudo da Bíblia:


Em que aspectos as escolhas de Eva, Davi e Jezabel foram semelhantes? Em que aspectos foram diferentes? A qual das três áreas – a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens –, mencionadas por João cada um desses personagens foi particularmente vulnerável? Que lições instrutivas e advertências sobre suas escolhas e respectivas consequências podem ser aplicadas à nossa vida? Em que tipo de situações as lições tiradas de sua vida poderiam ser particularmente úteis?




segunda-feira, 27 de julho de 2009

Andando na Luz: Renunciando ao Mundanismo




Outra vez, a lição é introduzida com um duplo título reunindo dois elementos não reversíveis. Andar na luz conduz à renúncia do mundanismo, mas nem sempre renunciar ao mundanismo significa andar na luz. Há os que o fazem meramente por austeridade; outros se afastam de todo convívio social para o isolamento, para viverem como eremitas, com o mínimo contato com o mundo. Mas não há proveito espiritual autêntico no “rigor ascético” (veja Cl 2:23). Ademais, como pessoas que assim se isolam poderão ser luz para os perdidos?


Nos escritos joaninos, mundo é quase sempre a versão do grego kósmos, com uma ocorrência de mais de cem vezes (24 só nas epístolas). O sentido do termo é diverso. Destaco os seguintes:

(1) o nosso Planeta – Jo 1:10
(2) a vida secular de onde se acumula bens – 1Jo 3:17
(3) a humanidade
a. em geral – Jo 1:9
b. especificamente carente de salvação – Jo 3:16; 1Jo 2:2
c. alienada de Deus e orientada contra Ele – 1Jo 4:5; 5:19
(4) uma grande multidão – Jo 12:19
(5) a terra habitada – 2Jo 7
(6) lugar de transitoriedade – 1Jo 2:17
(7) a Terra como foco de pecado e corrupção – 1Jo 2:15, 16


Outros significados poderiam ser agregados a estes, e outros textos poderiam ser acrescentados em cada um dos sete sentidos. Naturalmente, o sentido do termo numa passagem deve ser determinado pelo contexto. O sentido de “mundo” no texto separado para estudo na lição desta semana incide nos números (3c) e (7).


“Por causa de Seu nome” e Vencendo o maligno (1Jo 2:12-14)


Alguns interpretam literalmente o tríplice grupo (filhinhos, pais, jovens) mencionado duas vezes por João nos versos 12-14; seriam respectivamente (1) as crianças, (2) os pais de família, e (3) os jovens. Mas, considerando que o primeiro termo aparece mais sete vezes em 1 João, em textos em que a aplicação a crianças é muito improvável, é mais cabível a explicação sugerida pela lição: os membros em geral, aqueles mais idosos, e aqueles mais jovens. Outra possibilidade é que o segundo grupo se refira aos líderes e aos mais antigos na fé, não importando a idade, enquanto o terceiro não envolveria propriamente os de menor idade, mas os de menos tempo na fé, os neófitos.


Uma variação dessa ideia é que João teria dividido em dois grupos a inteira congregação, que ele identifica como “filhinhos” (nos outros textos, esse termo se aplica a toda a igreja): “pais”, os mais antigos na fé e, portanto, os mais amadurecidos, incluindo líderes e oficiais, e “jovens”, os neófitos, todavia na força do primeiro amor, dando-lhes o vigor necessário para combater os adversários da fé, incluindo o inimigo maior.


Uma terceira hipótese, da qual compartilho, assume que o interesse de João era mencionar que as qualidades próprias específicas das três faixas etárias deviam ser possuídas por todos os membros da igreja. Todos eles deveriam reunir a inocência da infância (“filhinhos”), a força da juventude (jovens), e a maturidade da idade adulta (pais). Veja I. Howard Marshall, The Epistles of John, p. 138.


Sinto-me inclinado a este parecer, especialmente pelo fato de que as qualidades de cada estágio não são, realmente, para ser atribuídas a apenas um específico grupo na igreja, mas devem, de fato, se manifestar em todos. Chequemos estas qualidades ligadas aos respectivos grupos:


Texto 1Jo 2:

Grupo

Qualidade

v. 12
v. 14

“Filhinhos”

“Vossos pecados são perdoados por causa do Seu nome”
“Conheceis o Pai”

v. 13
v. 14

“Pais”

“Conheceis Aquele que existe desde o princípio”

v. 13
v. 14

“Jovens”

“Tendes vencido o maligno”
“Sois fortes, e a Palavra de Deus permanece em vós...”


Então, vejamos as qualidades ligadas ao primeiro grupo: “Vossos pecados são perdoados por causa de Seu nome” e “conheceis o Pai”, não é para ser atribuída apenas a determinado grupo na igreja; têm que ser próprias de cada membro. O conhecimento do Pai é imperativo para a salvação (Jo 17:3), e tal conhecimento é auferido através do ato de se conhecer o Filho (Jo 8:19; 14:7, 9, 10), a qualidade do segundo grupo; o perdão dos pecados está franqueado a todos, mediante o arrependimento e a confissão (1Jo 1:9; veja também Ef 4:32; Cl 3:13).


A qualidade do segundo grupo, “conheceis Aquele que existe desde o princípio”, também não é para uns poucos privilegiados, mas para toda a igreja. “Aquele que existe desde o princípio”, a saber – Aquele que é ou que era desde o princípio, é o Filho, à luz de João 1:1, 2 e 1 João 1:1. Todos na igreja precisam desfrutar do privilégio de conhecer o Filho e, através do Filho, o Pai; é nisto que reside a vitalidade da igreja, e se efetiva, como já dito, a salvação.


Finalmente, as qualidades do terceiro grupo, “tendes vencido o maligno” e “sois fortes e a Palavra de Deus permanece em vós”, devem também ser vistas em cada membro. Todos temos de assumir a vitória de Cristo no Calvário, permitindo que Deus a repita em nós; todos podemos ser fortes com a “eficácia da força do Seu poder” (Ef 1:19).


A lição nos lembra que aqui há uma referência implícita à Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Este inferido na expressão “a Palavra de Deus permanece em vós”). Sendo assim, temos aqui uma versão da promessa do próprio Jesus logo após falar do envio do “outro Consolador” para estar nos discípulos (Jo 1:16, 17). A promessa foi dada nestes termos: “Meu Pai o amará, e viremos [o Pai e o Filho] e faremos nele morada” (v. 23). Em outras palavras, a presença pessoal do Espírito Santo no crente implica na presença essencial do Pai e do Filho nele. Que bênção!


O início desse processo maravilhoso não pode ser passado por alto. Tudo começa com o que o verso 12 afirma: “Os vossos pecados são perdoados por causa do Seu nome”. Quando pleiteamos alguma bênção de Deus, elevando a Ele as nossas petições, nós as proferimos em nome de Jesus, porque somente através dos Seus méritos podem os recursos celestiais ser derramados sobre nós como “torrentes de água em lugares secos” (Is 32:2). E isso é ainda mais verdadeiro quanto ao perdão, porque “não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4:12).


Como a lição observa, “o mais importante é que os cristãos entendam que a base de sua salvação é encontrada unicamente em Jesus e no que Jesus fez por eles. É por isso que João diz que eles foram perdoados – não por causa de suas boas ações, nem por suas convicções, e nem mesmo por causa de seu conhecimento de ­Deus, mas por ‘causa do Seu nome’; isto é, por causa de Jesus e do que Ele fez por eles.”


É verdade! Tudo começa com o perdão que Deus outorga ao crente por conta do que Cristo fez por ele, e culmina com a presença da Trindade nele, através do que o conhecimento da Divindade plena é auferido. Deus não poderia consumar Sua salvação de maneira mais expressiva.


Renunciando ao amor do mundo (1Jo 2:15)


Como é possível que Deus tenha amado o mundo (Jo 3:16) e ainda requeira de nós que não amemos o mundo? A lição menciona esse aparente impasse (veja pergunta 4 com nota antecedente), o qual desaparece quando se leva em consideração os diferentes sentidos do termo mundo no Evangelho e nas Epístolas de João. Quanto a isso, reporto o leitor à introdução do comentário da presente lição, onde se nota que mundo, em João 3:16, significa a humanidade perdida, carente de salvação (sentido [3b]), enquanto em 1 João 2:15 significa a Terra alienada de Deus, orientada contra Ele, e como foco do pecado e da corrupção. Não podemos nos afeiçoar a este tipo de mundo, porque nada ligado ao pecado poderá permanecer (v. 17); ele é fator de aniquilamento (veja a lição de sexta-feira).


Portanto, quando João nos diz que não devemos amar o mundo e tudo o que no mundo há, a referência é a esse tipo de mundo, o mundo do pecado, e tudo o que decorre deste (veja lição de amanhã). Claro que se excetua o mundo nos sentidos (1), (3a e 3b) e (5). É impressionante como o mal consegue inverter os valores e levar o homem que não tem Deus a desatinos e leviandades aviltantes. Por exemplo, ama-se o pecado que há no mundo (sentidos [02] e [07]), mas odeia-se o próprio mundo (sentido [01]), isto é, o Planeta e o que há nele; os crimes ecológicos estão aí para comprovar a veracidade desse fato. O homens já estão pagando caro por esses crimes (as consequências do efeito estufa é uma dessas formas de pagamento), mas a punição maior aguarda pelo dia final, quando terão que prestar conta de seus atos.


O último livro da Bíblia nos afirma que Deus finalmente punirá os homens precisamente por não terem amado o mundo, o Planeta em que vivemos, de forma a evitar que o destruíssem. Quando chegar o dia do ajuste final, haverá de se cumprir o que está escrito em Apocalipse 11:18: “...chegou... o tempo determinado... para destruíres os que destroem a Terra.”


Que Deus ajude Seu povo a odiar aquele mundo que é para ser odiado, e a amar o Mundo que é para ser amado.


Problemas com o mundo (1Jo 2:16)


O texto do estudo de hoje indica o tipo de mundo que não podemos amar o mundo do pecado. Dá-nos também a relação de tudo o que provém desse mundo e que temos de odiar (como vimos, não amar, em João, equivale a odiar – veja comentário de 23 de julho). Esse “tudo” se restringe a: concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida.


A lição explica satisfatoriamente cada um desses trágicos itens, de forma que não há necessidade de alguma consideração adicional quanto ao que eles significam. Apenas acrescentaria que qualquer pecado que se cometa está dentro de uma ou mais de uma das três esferas mencionadas por João; isso porque temos aqui as três pilastras essenciais da tentação, através das quais o pecado seduz e derruba.


Pense um pouco na queda de nossa primeira mãe (que acabou se tornando o fator de queda do nosso primeiro pai). Gênesis 3 nos conta como tudo aconteceu: “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer [concupiscência da carne], agradável aos olhos [concupiscência dos olhos], e árvore desejável para dar entendimento [soberba da vida], tomou-lhe do fruto e comeu, e deu também ao marido e ele comeu” (v. 6).


Agora, pense um pouco no empenho de Satanás por derrubar o segundo Adão, Jesus Cristo. O primeiro e o terceiro Evangelhos nos informam que o início do ministério de Jesus foi assinalado com três tentações específicas (na verdade, o inimigo empregou a mesma fórmula do Éden, só que em circunstâncias bem mais vantajosas para si):


(1) Depois de 40 dias de jejum, Jesus ouviu a sugestão diabólica: “Mande que estas pedras se transformem em pães” (Mt 4:3) [e alimenta-Te (concupiscência da carne)]; (2) Então, o inimigo O elevou e Lhe mostrou os reinos do mundo (justamente sobre os quais o Messias deverá exercer o domínio – Sl 2:8-12), sussurrando-Lhe em seguida: “Dar-Te-ei toda esta autoridade e a glória desses reinos [concupiscência dos olhos]... se prostrado me adorares...” (Lc 4:5, 6), isto é, a missão de Cristo cumprida sem cruz, sem sofrimento, e sem sacrifício. Que tentação!


(3) Finalmente, o Diabo o conduziu ao cimo do pináculo do templo e sugeriu-Lhe que Se jogasse; afinal os anjos estariam prontos para preservá-Lo (v. 9-11), e certamente os judeus que presenciassem o quadro, maravilhados, O aclamariam “Messias”, o Messias popular da época, cheio de ostentação, poder e majestade [soberba da vida]. Inquestionavelmente, foi outra forte tentação.


Jesus colocou o inimigo em retirada pelo poder da Palavra. Citou-lhe textos bíblicos com tal autoridade que não lhe deu alternativa. A batalha inicial estava ganha; outras seguiriam com o mesmo desfecho, até que o triunfo definitivo fosse garantido na cruz.


Possivelmente, João tinha tudo isso em mente ao registrar as palavras de 1 João 2:15-17. Isso ganha maior significado quando notamos que ele assim exortou seus leitores em seguida à afirmação de que, pela vitória da cruz, haviam vencido o maligno, e que a Palavra de Deus (o instrumento da vitória) neles permanecia (v. 14).


Um mundo passageiro (1Jo 2:17)


João chega, então, ao clímax de sua argumentação quanto à inconveniência e futilidade de amar o mundo e as coisas que estão no mundo: a transitoriedade das coisas ligadas ao pecado. Tudo passa, e só o que se sustenta em Deus permanece. Pedro tocou essa realidade ao citar as palavras de Isaías 40:6-8: “...toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva: seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente” (1Pe 1:24, 25). Tiago fez o mesmo ao advertir aqueles que têm riquezas e que estão em maior risco de se sentir perduráveis (Tg 1:10, 11).


Como diz a lição, “a humanidade é tentada a viver o momento, ser cativada pelo mundo material e entesourar só o que pode ser visto.” Todavia, ímpios e justos, reconhecem que tudo por aqui é transitório. Faz alguns anos, determinada música popular de sucesso nas paradas levava muitos jovens a cantar: “eu sou nuvem passageira que com o vento se vai... Quando eventualmente eu ouvia aquela música, lembrava-me logo de Tiago em sua plangente assertiva: “Que é a nossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante, e logo se dissipa” (4:14). Parece até que o cantor anunciava o que acontece com os próprios grandes grupos musicais, que, como meteoros, surgem brilham e desaparecem. Onde estão hoje, por exemplo, os Beatles, da década 60, que petulantemente afirmavam ser mais famosos que Jesus Cristo? Todavia, os Arautos do Rei, que já existiam quando os Beatles apareceram, ainda prosseguem louvando Aquele que é de eternidade a eternidade.


A vida passará, com tudo o que ela acumulou, não importando se bens mensuráveis ou imensuráveis. É-nos dito que Moisés fez a melhor escolha: antes sofrer com o povo de Deus que “usufruir prazeres transitórios do pecado” (Hb 11:24, 25); e esses prazeres incluíam ocupar o trono do Egito, o império mundial de seus dias. Mas pergunto: onde está o faraó que, em lugar de Moisés, sentou-se naquele trono?


Onde estão os gloriosos impérios do passado? A resposta é fácil: estão no pó, como no pó um dia estarão os impérios atuais. Mas Moisés, onde está hoje? Não é preciso que se responda, porque você, adventista, professor ou não da Escola Sabatina, sabe onde ele está.


Bem, isso tem muito que ver com cada um de nós. Quando tudo passar, onde estaremos? Como ficarão as coisas conosco? Qual será a nossa situação? Uma resposta positiva para essas perguntas depende do que temos escolhido para ser o fundamento da vida, depende de onde estamos colocando nossas afeições hoje, depende de para onde se voltam os nossos anseios, depende de qual é a nossa esperança.


Tolo é aquele que faz previsão apenas para esta vida. É importante o preparo para ela; é por esta razão que existem, por exemplo, as universidades (e os três campido Unasp são ótima referência). Na verdade, quando alguém diz que está se preparando para a vida é porque admite que o que vem depois conta mais. O problema é que, às vezes, nos equivocamos com o que poderíamos chamar o limite do depois, sobre qual é o último depois.


Não há dúvida que o último depois é o que vem depois da presente vida. O encontro com o Juiz do Universo é o último depois de cada ser humano. Não há algo que poderíamos chamar de depois da eternidade. Eternamente salvos, ou eternamente perdidos é o último lance de nossa trajetória.


Diante disso, por que ficar com o mundo e com o pecado do mundo? As palavras de Paulo soam por demais oportunas: “...a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas [não é exatamente sobre isso que João admoestou?], vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança [aleluia!] e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a Si mesmo Se deu por nós, a fim de remir-nos de toda a iniquidade, e purificar para Si mesmo um povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras” (Tt 2:11-14).


Autor: José Carlos Ramos – D. Min


Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic532009.html


sábado, 25 de julho de 2009

Andando na luz – Guardando Seus mandamentos




Verso para Memorizar: “Ora, sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus mandamentos” (1Jo 2:3).


Um pastor vinha aconselhando um casal. O problema? O marido vinha mantendo casos extraconjugais. Isto é, não um caso extraconjugal mas, de fato, muitos. O marido tentava tranquilizar a situação dizendo à esposa que, embora saísse com outras mulheres, isso não significava que ele não a amava. De fato, ele dizia, ele a amava mais que qualquer outra.


Como se poderia esperar, as palavras dele – longe de resolver o problema – só o agravavam. Por quê? Porque, se você ama alguém, isso poderá ser visto por suas ações,não apenas pelo que você diz.


Nesta semana, João fala sobre o que significa conhecer e amar a Deus. Qualquer pessoa pode dizer que ama o Senhor. A pergunta é: de acordo com a Bíblia, como devemos revelar esse amor?


Prévia da semana: Que significa conhecer a Deus, e não apenas saber a respeito dEle? Que papéis a obediência à lei de Deus tem em nossa relação para com Ele? O que João diz sobre Jesus como modelo de comportamento? Qual é o “novo mandamento” que João dá e quanto de “novidade” ele tem realmente?




O que conhecemos?

(1Jo 2:3-5) - Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele:

A frase “sabemos que O temos conhecido por isto” aparece duas vezes nas passagens acima. De acordo com João, o que é que os cristãos conhecem?


Primeiramente, que chegaram a conhecer a Deus (v. 3) e, segundo, que “estão nEle” (v. 5). Considerando o que está em jogo – nossa vida eterna ou nossa destruição eterna (veja Jo 5:29) – essas são coisas importantes para se conhecer, não são? (os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo. (João 5:29))


Ao mesmo tempo, temos que ter o cuidado de não tornar o conhecimento em si o meio de salvação. De fato, era exatamente esse o tipo de heresia que João estava combatendo neste e em outros textos, a ideia de que o conhecimento sozinho traz redenção.


O conhecimento (gnosis) era uma palavra muito importante na religião antiga; um conceito importante no mundo religioso dos primeiros séculos depois de Cristo. Provavelmente, no segundo século, se transformou em uma heresia entre os cristãos chamada gnosticismo. No gnosticismo, havia pouca preocupação com o comportamento moral. A ênfase estava na experiência mística e mitos fantasiosos sobre Deus e a natureza da humanidade. A salvação era obtida através desse conhecimento secreto, e não através de um relacionamento de fé com o Senhor.


1. Qual é o conceito do Novo Testamento sobre o conhecimento?


Mt 13:11; - Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido.

Jo 17:3; - E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

Rm 3:20; - visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.

1Co 8:1; - No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica.

1Tm 2:4; - o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

1Jo 4:8 - Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.


No Novo Testamento, conhecer ou conhecimento tem um significado teórico e teológico. Porém, também descreve relações. Conhecer a Deus significa manter um relacionamento íntimo com Ele. A obediência, o amor e o afastamento do pecado apontam para a existência desse relacionamento. Os lados teórico e experimental do conhecimento devem andar juntos.


Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic432009.html



Guardando os mandamentos




(1Jo 2:3-5) - Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele:


Uma pessoa pode dizer que conhece a Deus. De fato, muitos fazem assim, desde os dias de João. Muitos também fazem isso hoje. Mas falar é fácil.


2. Para João, qual era a evidência externa, a prova exterior, de que uma pessoa conhece a Deus? Que mais João diz sobre esse assunto?


Jo 14:15, 21; Se me amais, guardareis os meus mandamentos. - Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.

Jo 15:10; - Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.

1Jo 3:22, 24; - e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável. - E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu. (v.24)


1Jo.5:3; - Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos,

Ap 12:17; - Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.

Ap. 14:12 - Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.


Guardar os mandamentos era muito importante para João e é para Jesus. A expressão ocorre frequentemente nos escritos de João. Guardar os mandamentos é sinal de que conhecemos a Deus/Jesus e O amamos. Aqui, amor e obediência são relacionados. Esse verso pode se referir tanto a Deus, o Pai, como a Jesus e é um pouco ambígua – provavelmente de propósito. 1 João 2:4 afirma a mesma verdade em condições negativas, e pode se referir à falsa afirmação feita pelos que dizem que você pode vir a conhecer Deus e ainda negligenciar a guarda dos mandamentos. João ataca essa ideia em linguagem muito forte, chamando de mentiroso quem ensina assim.


3. Por que a guarda da lei revela quanto conhecemos de Deus? Como nosso ato de guardar a lei revela a realidade do conhecimento que temos de Deus? Como uma coisa se relaciona com a outra?


O tipo de conhecimento de Deus de que a Bíblia fala não é um conhecimento de fatos, apenas. É o conhecimento que forma a base de uma relação de amor. Você não pode amar verdadeiramente alguém que não conhece. E se você ama uma pessoa, vai agir de certa maneira. Um homem que ama verdadeiramente a esposa não vai enganá-la. Ele pode professar dia e noite seu amor, mas se seus atos não revelam esse amor, usando as palavras de João, ele é “um mentiroso”.


Que outras analogias você pode mencionar e que são úteis para entendermos por que a obediência e os atos são uma parte inseparável do que significa conhecer a Deus?



sexta-feira, 24 de julho de 2009

Que faria Jesus?




(1Jo 2:6-8) - aquele que diz que permanece nEle, esse deve também andar assim como Ele andou. Amados, não vos escrevo mandamento novo, senão mandamento antigo, o qual, desde o princípio, tivestes. Esse mandamento antigo é a palavra que ouvistes. Todavia, vos escrevo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele e em vós, porque as trevas se vão dissipando, e a verdadeira luz já brilha.


Algum tempo atrás, houve uma moda passageira em que jovens cristãos usavam pulseiras com a pergunta: “Que faria Jesus?” Embora alguns zombassem da ideia, afirmando que era infantil, pelo menos era boa a lembrança de que, quando enfrentamos determinadas situações, devemos pensar no que faria Jesus e tentar fazer o mesmo.


Essa ideia se enquadra bem com o que João diz neste verso. A primeira parte de nossa passagem enfatiza que andar na luz e conhecer a Deus significa ser obediente. A segunda parte conclama os cristãos que desejam permanecer nEle a andar na luz e seguir o exemplo de Cristo em sua vida. Como podem fazer isto? Eles precisam descobrir como Jesus viveu e, diariamente, devem comparar sua conduta com a dEle.

Em outras palavras, “que faria Jesus?”


4. Passe os olhos sobre os Evangelhos. Quais são algumas de suas histórias favoritas sobre Jesus? Isto é, que histórias realmente falam ao seu coração sobre o tipo de pessoa que era Jesus? Até que ponto você se assemelha a Ele nessas áreas?


Embora a morte de Jesus e Sua ressurreição sejam o clímax dos Evangelhos, existem informações suficientes sobre os ensinos de Jesus e Sua vida para entendermos como um ser humano, idealmente, precisa viver.


É importante nos lembrarmos disso porque, às vezes, as pessoas querem pensar em Jesus como Salvador, Jesus como seu substituto, apenas, e não em Jesus como seu Senhor e exemplo. João aceitava Jesus tanto como Salvador como exemplo. Em 1 João 1:7 havia mencionado o sangue purificador de Cristo, que aponta para Sua morte na cruz em nosso lugar. De acordo com 1 João 2:2, Jesus é o sacrifício pelos nossos pecados. Ele é nosso substituto. Mas, nos versos que estamos estudando nesta semana, surge outro aspecto. A vida de Jesus foi exemplar. Devemos seguir Seus passos.


1 João 1:7 - Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.


1 João 2:2 - e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.


A maioria de nós, não importando quem somos, enfrenta algum tipo de dificuldades na vida. Pense em seu maior desafio, sua maior dificuldade. Pergunte a si mesmo: “Que faria Jesus?” Depois de ter o que julga ser sua melhor resposta, pergunte a si mesmo: “O que está me impedindo de fazer o mesmo?”