sexta-feira, 14 de maio de 2010

Descanso e restauração (resumo)



Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. (Mateus 11:28-30)


Conhecer: As providências de Deus na criação para o apropriado descanso físico, mental e espiritual.
Sentir: Atender e respeitar as indicações do corpo e da mente quando pedem relaxamento e descanso.
Fazer: Avaliar seu estilo de vida para se certificar de que todas as necessidades físicas, mentais e espirituais para descanso estão sendo atendidas, fazendo as necessárias mudanças.


Esboço

I. A importância do descanso



A. Cada aspecto de nosso corpo atua em um ciclo equilibrado de trabalho e descanso a fim de prosperar. Que providências para o descanso Deus nos forneceu? Quais são as consequências de ignorar a necessidade de trabalhar ou a exigência de descanso?
B. Jesus reservava ocasiões de descanso para Si mesmo e Seus discípulos. Por que você deveria programar o descanso apropriado?



II. As recompensas do descanso


A. Que sinais seu corpo fornece indicando a necessidade de restauração física, mental e espiritual? Quais são as recompensas de responder às necessidades de seu corpo como Deus designou?
B. O que você mais aprecia no descanso de sábado?



III. Tomando um descanso apropriado


Como estão seus quocientes de descanso? Por exemplo, você dorme bem? Como você responde ao estresse? O sábado é a bênção que Deus desejava que fosse? Que ajustes em seu estilo de vida poderiam melhorar sua capacidade de descansar?
Resumo: Deus projetou que nosso corpo funcionasse em ciclos equilibrados de trabalho e repouso. Precisamos cooperar com as exigências de nosso corpo a fim de alcançar um equilíbrio saudável.


Deus nos oferece descanso físico, mental, espiritual e emocional.
Seria tentador limitar a discussão sobre o descanso à cessação da atividade física. Certamente, esse fator tem seu lugar. Porém, o descanso nunca deve ser somente definido pelo que não fazemos. Diferentemente da mera inatividade, o descanso tem propósito, significado, desígnio e objetivo. Não é ócio. O descanso é um complemento necessário para o trabalho. Os dois são ordenados por Deus para Seus propósitos. Um sem o outro perde o significado. Nosso objetivo nesta semana é descobrir o papel do descanso e do trabalho – espiritual, emocional, mental e físico. No desígnio de Deus, o descanso oferece à pessoa moderna uma resposta divina para os problemas de fadiga, inquietude, tensão, depressão, esgotamento, frustração, solidão e uma multidão de excessos que nós, modernos, buscamos para mascarar a ausência de propósito.


Atividade: Faça uma lista dos obstáculos que a cultura moderna opõe à obtenção de descanso suficiente. Depois de fazer essa lista, classifiquem o tipo de descanso – físico, mental, espiritual ou emocional – que o obstáculo afeta mais claramente. Se a maior parte da lista se concentrar no descanso físico, peça que a classe considere obstáculos aos outros três.


A origem dos conceitos de trabalho e repouso pode ser localizada na criação da Terra. Desde o princípio, Deus estabeleceu os ritmos da vida e o equilíbrio entre atividade e repouso. Em nosso estudo, lembre-se de que descanso não é só inatividade; se fosse assim, a preguiça poderia se tornar a coroa das virtudes! O repouso é um contrapeso significativo ao trabalho intencional. Deus repousou no sétimo dia não porque estava esgotado ou cansado de criar. Ao contrário, Ele introduziu um período semanal de 24 horas para demonstrar Seu amor e apreciação.


Comentário bíblico

I. Sem tempo para repouso


Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado. E ele lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham. Então, foram sós no barco para um lugar solitário. (Mar. 6:30-32)
Logo a seguir, compeliu Jesus os seus discípulos a embarcar e passar adiante para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. E, tendo-os despedido, subiu ao monte para orar. (Mar. 6:45-46)


Um conto muito difundido fala de um empresário que visitou uma nação em desenvolvimento. Ele ficou irritado quando passou por um nativo que estava descansando sob uma árvore, apreciando o sol e a brisa do oceano. Ele abordou o nativo, acusando-o de preguiça. Quando o nativo perguntou educadamente o que o empresário queria que ele fizesse, o homem respondeu: “Consiga um emprego e economize dinheiro. Então, invista em um negócio. Trabalhe bastante, e você terá recursos para expandi-lo. Então, você pode contratar pessoas para fazer o trabalho por você. E você será rico como eu – tirando férias, visitando diversos lugares e aproveitando a brisa do oceano”. O nativo respondeu: “Mas não é isso que eu estou fazendo agora?”


História verdadeira: Dois vizinhos moravam lado a lado em propriedades de dois alqueires. O mais idoso comprou um cortador de grama manual por menos de R$ 200,00. Ele gostava de exercício. O vizinho comprou um cortador motorizado por R$ 3.000,00 porque precisava podar depressa a grama a fim de ter tempo suficiente para ir para a academia por R$ 100,00 ao mês, onde caminhava em uma esteira!
Pense nisto: Qual era a diferença de percepção sobre o tempo dos personagens principais dessas histórias?


Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada. (Luc. 10:38-42),


Qual era a diferença de compreensão do tempo, trabalho e repouso entre Maria e Marta? Qual é a visão de tempo e negócios prevalecente em sua cultura? Nossa principal reclamação é falta de tempo ou que o tempo é preenchido com atividades sem sentido, redundante? Comente as razões de sua resposta. O que o exemplo de Maria nos ensina para deixar mais tempo livre para atividades espirituais?


II.. O repouso semanal


Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera. (Gên. 2:1-3)


Um fato frequentemente esquecido é que o quarto mandamento ordena duas coisas: descanso, sim, mas também trabalho. Não recomenda que trabalhemos. Ele ordena!


Paulo disse: A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranqüilamente, comam o seu próprio pão. (2 Tess. 3:12)


Salomão disse:  Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado. (Prov. 6:6-11)


O que trabalha com mão remissa empobrece, mas a mão dos diligentes vem a enriquecer-se. O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha. (Prov. 10:4-5)


Salomão e outros se unem ao chamado de Moisés para trabalhar. A noção de repouso pouco significa à parte do conceito do trabalho. A agitação moderna em busca de lazer e entretenimento à parte de Deus é uma distorção do conceito bíblico de descanso.


O chamado do cristão para descansar está arraigado em um Deus criador Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou. (Êxo. 20:8-11)


e libertador Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o SENHOR, teu Deus. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro das tuas portas para dentro, para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o SENHOR, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado. (Deut. 5:12-15)


Pela idolatria, adorando imagens criadas, em lugar do Criador, o antigo Israel deixou de entrar no descanso sabático. Quando confiamos em nosso mundo e nas riquezas materiais para obter segurança, simplesmente modernizamos esse engano. Os fariseus reconheciam o Criador mas deixavam de ver o Libertador. Então, reclamavam quando Jesus curava no sábado e sufocavam seu repouso sob uma rede de regulamentos humanos. Quando sobrecarregamos um dia com ordenanças e proibições arbitrárias, deixando de compartilhar a natureza transformadora do descanso, modernizamos o engano dos fariseus.


Pense nisto: Como podemos evitar o perigo de idolatrar o trabalho, o sucesso e as realizações humanas, por um lado, e evitar o perigo da guarda legalista do sábado, por outro? Que podemos dizer a quem tenta manter uma vida de “repouso total”, não sustentando nem sua família nem a si mesmo por meio do trabalho? Como podemos fazer a diferença entre ser trabalhador e viciado no trabalho (workaholic), por um lado, e entre descanso e preguiça, por outro?


Cristo sugeriu que, às vezes, os filhos do mundo são mais sábios que os filhos da luz (Lc 16:8). Pensando nisto, considere um trecho da cultura contemporânea. Como a sabedoria aqui expressa pode nos ajudar a apreciar o repouso que Deus nos oferece de muitas formas diferentes?


“Frequentemente, o enfado está ligado intimamente ao ressentimento. Quando estamos ocupados, ainda pensando se nosso empreendimento significa alguma coisa para alguém, facilmente nos sentimos usados, manipulados e explorados. Começamos a nos considerar vítimas empurradas a qualquer lugar e forçadas a fazer todos os tipos de coisas para pessoas que não nos levam a sério como seres humanos. ...

“Realmente, às vezes, temos que dizer que a única coisa de que nos lembramos de nosso passado recente é que estávamos muito ocupados, que tudo parecia muito urgente, e que mal podíamos conseguir que tudo fosse feito. O que estávamos fazendo, esquecemos. Isso mostra quão isolados nos tornamos. O passado não mais nos leva ao futuro; simplesmente nos deixa preocupados, sem qualquer promessa de que as coisas serão diferentes” (Henri J. M. Nouwen, Making All Things New [Fazendo NovasTodas as Coisas]. San Francisco: Harper e Row, 1981; p. 30-34).


Perguntas para consideração


Que acontece quando aquilo de que nos ocupamos não tem conexão aparente com nosso propósito na vida? Que acontece quando aquilo de que nos ocupamos é nosso propósito aparente na vida? Qual é a diferença entre enfado e descanso? Como o trabalho com propósitos pode salvar a pessoa moderna da ira e ressentimento? Se rejeitarmos o moderno ditado de que a ocupação determina a importância, como podemos decidir o que é importante? Como a observância do sábado e o repouso espiritual podem contribuir para nossa paz e realização pessoal?


Perguntas de aplicação


Que posso eu fazer para remover de minha vida as barreiras que me impedem de receber completamente o repouso que Deus oferece tão livremente? Que posso fazer ou dizer para ajudar meus familiares a aceitar a vida plena de descanso que Deus oferece tão generosamente? Quando o trabalho me põe na “esteira do enfado”, como posso convencer meu empregador de que o descanso beneficia não apenas o empregado mas frequentemente acaba em benefício do desempenho para o empregador? Que posso fazer para incorporar mais descanso físico à minha rotina diária, sabendo que isso pode aumentar significativamente minha experiência de repouso espiritual e emocional?
Uma das questões que mais dividem os “guardadores do sábado” é como guardá-lo. Muitos que abandonaram sua observância dizem que foi por causa do modo de suas famílias encararem o sábado em sua mocidade. Talvez, reagindo a uma guarda demasiado zelosa e policialesca do sábado, alguns limitam a guarda do sábado a ir à igreja pelo tempo suficiente de ouvir o sermão, mas, no restante do dia, tratam o sábado como um dia qualquer. Ao preparar a atividade seguinte, tenha em mente seus amigos que abandonaram a guarda do sábado. Pense na atividade como uma forma de alcançar seus amigos ex-guardadores do sábado com uma abordagem que os atraia a uma experiência agradável e bíblica da guarda do sábado.


Atividade: Crie uma nova experiência de sábado planejando atividades que restabeleçam seu significado original na vida espiritual do povo de Deus. Os princípios em que você vai construir essa experiência devem refletir estas simples verdades: O sábado é um dia de repouso espiritual, emocional, mental e físico, não somente um dia de ócio; esse repouso nasce da natureza criativa de Deus, e em Sua ação redentiva ou libertadora. Tenha em mente que o propósito dessa atividade não é criar uma nova legislação para a guarda do sábado em sua igreja mas, ao contrário, restaurar a compreensão de por que e como observamos o dia de descanso. Por exemplo, se uma das atividades é ir para a igreja (e espera-se que seja), esclareça por que é importante frequentar a igreja. Suas razões podem não incluir “Porque sempre fizemos isso desse jeito.” Procure ideias significativas e originais para aplicar verdades experimentadas e comprovadas.


Extraído de:  http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/frlic722010.html



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