terça-feira, 3 de maio de 2011

O manto de Elias e Eliseu (estudo nº 06)




Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte (2 Coríntios 7:10).

Leitura para o estudo desta semana: 1Rs 19:1-19; 2Sm 10:3, 4; Ez 16:15, 16; 1Rs 21:21-29; 2 Rs 2:1-18

Poucos personagens bíblicos tiveram uma existência mais agitada do que o profeta Elias. Que história incrível de fé, de provação e do irresistível poder de Deus neste mundo!

Hoje, pelo menos no judaísmo, ele ainda se destaca. De fato, na tradição judaica, ele tem sido mais exaltado do que, talvez, qualquer outra figura bíblica.

A cada Páscoa, por exemplo, um copo especial cheio de vinho é colocado sobre a mesa. Durante a Páscoa, a porta da casa é aberta, e todos se colocam em pé para permitir que o profeta Elias entre e beba. Nas circuncisões, uma cadeira, “a cadeira de Elias”, é reservada como parte da cerimônia. Além disso, no fim do sábado, os judeus cantam sobre Elias, esperando que ele venha “rapidamente, em nossos dias… juntamente com o Messias, filho de Davi, para nos redimir”.

No pensamento judaico, um exemplo da preeminência de Elias é encontrado no Evangelho de Mateus, quando Pedro disse que alguns pensavam que o próprio Jesus fosse Elias (
E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mt 16:14).

Nesta semana, vamos descobrir quais lições espirituais podemos tirar de Elias e do manto que ele usava. 


Domingo                             “Uma voz tranquila e suave”


A vida de Elias, registrada em 1 Reis e 2 Reis, inclui exemplos em que ele enfrentou corajosamente as ameaças dos reis contra sua vida. Houve, contudo, uma notável exceção, o momento em que, assustado com as ameaças de uma sórdida rainha, ele fugiu para salvar a vida.

Em 1 Reis 18, ele pediu que descesse fogo do Céu sobre o Monte Carmelo, fez com que os profetas de Baal fossem mortos e advertiu Acabe sobre a chuva que se aproximava. O poder do Senhor veio sobre ele, e depois que ele prendeu seu manto no cinto, correu a distância de 32 quilômetros à frente de Acabe, até Jezreel.

No capítulo seguinte, todavia, esse mesmo homem de Deus aparece sob uma luz inteiramente nova.

1. Que lições podemos tirar de 1Reis 19:1-4, sobre o efeito das dificuldades da vida nas emoções e ações dos servos de Deus?

1 Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como matara todos os profetas à espada.
2  Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles.
3  Temendo, pois, Elias, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi, e chegou a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço.
4  Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais. 1Reis 19:1-4

O Senhor, porém, não havia rejeitado Elias, nem mesmo depois de sua oração bastante desesperada e triste. Ele ainda deu a Elias poderosa evidência de Seu amor por ele e de Seu interesse na vida do profeta.

2. Em 1 Reis 19:5-19, por que Elias envolveu seu rosto com o manto?

5  Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come.
6  Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir.
7  Voltou segunda vez o anjo do SENHOR, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo.
8  Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.
9  Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do SENHOR e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?
10  Ele respondeu: Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.
11  Disse-lhe Deus: Sai e põe-te neste monte perante o SENHOR. Eis que passava o SENHOR; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do SENHOR, porém o SENHOR não estava no vento; depois do vento, um terremoto, mas o SENHOR não estava no terremoto;
12  depois do terremoto, um fogo, mas o SENHOR não estava no fogo; e, depois do fogo, um cicio tranqüilo e suave.
13  Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?
14  Ele respondeu: Tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.
15  Disse-lhe o SENHOR: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e, em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria.
16  A Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei sobre Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.
17  Quem escapar à espada de Hazael, Jeú o matará; quem escapar à espada de Jeú, Eliseu o matará.
18  Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.
19 Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodécima. Elias passou por ele e lançou o seu manto sobre ele. 1 Reis 19:5-19

É fascinante que, embora Elias tenha visto o grande vento, o terremoto e o fogo, nenhuma dessas coisas fez com que ele envolvesse o rosto no manto. Somente a presença do Senhor em uma voz “tranquila e suave”, trouxe a ele essa resposta, uma resposta de temor, respeito e autoproteção.

Elias precisava aprender que, embora aquelas forças fossem poderosas e impressionantes, elas não retratavam em si mesmas a verdadeira imagem do Espírito de Deus. Elias ouviu a voz do Senhor de forma calma e delicada, lhe dizendo o que fazer, e foi a essa voz que ele obedeceu.

Como podemos aprender a reconhecer a voz do Senhor falando conosco? Mais importante, porém, é esta pergunta: Você obedece ao que ouve, ou você abafa essa “voz tranquila e suave” que fala ao seu coração? O que sua resposta diz sobre você? 





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