terça-feira, 25 de outubro de 2011

Fé e Antigo Testamento (estudo nº 05)




“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se Ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro) (Gl 3:13).

Leituras da semana: Gl 3:1-14; Rm 1:2; 4:3; Gn 15:6; 12:1-3; Lv 17:11; 2Co 5:21

Um garoto havia feito um pequeno barco, todo pintado e preparado com muita beleza. Certa vez, alguém roubou seu barco, e ele estava angustiado. Um dia, ao passar por uma casa de penhores, ele viu seu barco. Com alegria, correu ao dono da casa, e disse: ‘Esse é o meu pequeno barco!’ ‘Não’, disse o homem, ‘ele é meu, porque eu o comprei’. ‘Sim’, disse o garoto, ‘mas ele é meu, porque eu o fiz.’ ‘Bem’, disse o penhorista, ‘se você me pagar dois dólares, pode levá-lo’. Era muito dinheiro para um menino que não tinha um centavo. Em todo caso, ele resolveu comprá-lo. Assim, ele cortou grama, fez todo tipo de trabalhos pequenos, e logo obteve o dinheiro.

“Ele correu até a loja e disse: ‘Eu quero o meu barco.’ Ele entregou o dinheiro e recebeu seu barco. Ele pegou o barco em seus braços, o apertou, o beijou e disse: ‘Amo você, querido barquinho. Você é meu! Você é meu duas vezes. Eu fiz você, e agora eu comprei você.’

“Assim acontece conosco. Em certo sentido, somos duas vezes do Senhor. Ele nos criou, e entramos na casa de penhores do diabo. Então, Jesus veio ao mundo e nos comprou a um terrível custo. Não foi prata nem ouro, mas Seu precioso sangue. Somos do Senhor pela criação e pela redenção” (William Moses Tidwell, Pointed Illustrations [Ilustrações Selecionadas], Kansas City, Missouri: Beacon Hill Press, 1951, p. 97) 

Domingo                            Os insensatos gálatas


1. Leia Gálatas 3:1-5. Resuma abaixo o que Paulo está dizendo a eles. Em que sentido podemos estar em perigo de cair na mesma armadilha espiritual, de começar bem e depois cair no legalismo?

1 Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado?
2  Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
3  Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?
4  Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes? Se, na verdade, foram em vão.
5  Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Gálatas 3:1-5

Diversas traduções modernas têm tentado captar o sentido das palavras de Paulo no verso 1, sobre os gálatas “insensatos”. A palavra que Paulo usa, em grego, é ainda mais forte do que essa. A palavra é anoetoi, que vem da palavra para mente (nous). Literalmente, significa “estúpido”. Os gálatas não estavam pensando. Paulo não parou por aí: ele disse que, visto que eles estavam agindo de maneira tão insensata, ele queria saber se algum mágico havia lançado um feitiço sobre eles. “Quem os enfeitiçou?” Sua escolha de palavras aqui pode até sugerir que a principal fonte por trás da condição deles era o diabo

nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. (2Co 4:4).

O que deixou Paulo tão perplexo sobre a apostasia dos gálatas com relação ao evangelho foi que eles sabiam que a salvação é enraizada na cruz de Cristo. Eles não poderiam ter dúvidas sobre isso. A palavra traduzida como “representado” ou “exposto” (RC, RA) em Gálatas 3:1 significa literalmente “anunciado em cartaz”, ou “retratado”. Era usada para descrever todas as proclamações públicas. Paulo estava dizendo que a cruz era tão importante em sua pregação que os gálatas tinham, com efeito, visto o Cristo crucificado com os olhos da mente (1Co 1:23; 2:2). Em certo sentido, ele estava dizendo que, por suas ações, eles estavam se afastando da cruz.

mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; 1Co 1:23 

Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. 1Co 2:2

Então, Paulo comparou a experiência dos gálatas com a forma pela qual eles, no começo, haviam experimentado a fé em Cristo. Para isso, ele fez algumas perguntas retóricas. Como eles haviam recebido o Espírito, ou seja, como eles haviam se tornado cristãos, no começo? E de uma perspectiva ligeiramente diferente, por que Deus havia dado o Espírito? Foi porque eles haviam feito algo para merecê-­Lo?

Certamente, não! Em vez disso, foi porque eles haviam acreditado nas boas-­novas do que Cristo já havia feito por eles. Tendo começado tão bem, o que faria com que pensassem que então eles tinham que passar a confiar em seu próprio comportamento?

Quantas vezes você pensou: “Estou me saindo muito bem”? “Sou um cristão bastante sólido, não faço isso, não faço aquilo...”? E então, mesmo de maneira sutil, você está pensando que é de algum modo suficientemente bom para ser salvo? O que há de errado com essa situação? 




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