segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Obras da lei

Segunda                                              




3. Paulo disse três vezes em Gálatas 2:16 que uma pessoa não é justificada por “obras da lei”. O que ele quis dizer com a expressão “obras da lei”? O que os seguintes textos revelam sobre essa questão? 

16  sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.
17  Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do pecado? Certo que não! Gl 2:16, 17;

2  Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
5  Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
10  Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. Gl 3:2, 5, 10; 

20  visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.
28  Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei. Rm 3:20, 28

Antes de entender a expressão “as obras da lei”, precisamos entender o que Paulo quis dizer com a palavra lei. A palavra lei (nomos, em grego) é encontrada 121 vezes nas cartas de Paulo. Ela pode se referir a uma série de coisas diferentes, incluindo a vontade de Deus para Seu povo, os primeiros cinco livros de Moisés, todo o Antigo Testamento, ou apenas um princípio geral. No entanto, a principal forma pela qual Paulo usa a palavra se refere a toda a coleção dos mandamentos de Deus dada ao Seu povo através de Moisés.

A expressão “as obras da lei” provavelmente envolva, portanto, todos os requisitos encontrados nos mandamentos dados por Deus por intermédio de Moisés, sejam morais ou cerimoniais. O raciocínio de Paulo é que não importa o quanto nos esforcemos para seguir e obedecer à lei de Deus, nossa obediência nunca será suficientemente boa para que Deus nos justifique, para que nos declare justos diante dEle. Isso porque Sua lei exige absoluta fidelidade de pensamento e ação, não apenas por algum tempo, mas o tempo todo, e não apenas para alguns de Seus mandamentos, mas para todos eles.

Embora a expressão “obras da lei” não ocorra no Antigo Testamento e não seja encontrada no Novo Testamento, exceto nos escritos de Paulo, uma impressionante confirmação de seu significado surgiu em 1947, com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, uma coleção de textos copiados por um grupo de judeus, chamados essênios, que viveram na época de Jesus. Embora escritos em hebraico, um dos manuscritos contém essa mesma expressão. O título do manuscrito é Miqsat Ma’as Ha-Torah, que pode ser traduzido como “Importantes obras da lei”. O documento descreve uma série de questões baseadas na lei bíblica a respeito de prevenir a contaminação das coisas santas, incluindo algumas que designavam os judeus como distintos dos gentios. No fim, o autor escreveu o seguinte: se essas “obras da lei” forem seguidas, “você será considerado justo” diante de Deus. Ao contrário de Paulo, o autor não oferece ao leitor a justiça com base na fé, mas com base no comportamento.

Você guarda a lei de Deus de maneira satisfatória? Você realmente sente que a obedece tão bem que pode ser justificado diante de Deus com base na guarda da lei? (Rm 3:10-20). Se não, por que não? Como sua resposta ajuda a compreender o conceito de Paulo sobre o tema? 

10  como está escrito: Não há justo, nem um sequer,
11  não há quem entenda, não há quem busque a Deus;
12  todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.
13  A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios,
14  a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura;
15  são os seus pés velozes para derramar sangue,
16  nos seus caminhos, há destruição e miséria;
17  desconheceram o caminho da paz.
18  Não há temor de Deus diante de seus olhos.
19  Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus,
20  visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Rm 3:10-20




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