sábado, 23 de abril de 2011

As vestes sacerdotais da graça (estudo nº 05)




Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz (1Pe 2:9).

Leitura para o estudo desta semana: Êx 32:1-6; Lv 21:7-24; 22:1-8; Êx 28; Ap 21:12-14; Hb 4:14, 15

Um tema importante da Reforma Protestante é o que tem sido chamado de “o sacerdócio de todos os crentes”, uma ideia derivada especialmente (mas não exclusivamente) do texto acima. O conceito diz que todos os cristãos atuam como “sacerdotes” diante de Deus, e que, visto que eles têm Jesus, não precisam de mediadores terrestres entre eles e o Senhor (como em alguns sistemas religiosos). “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2:5).

Depois da vida, morte, ressurreição e ministério sumo sacerdotal de Jesus, o antigo sistema hebreu introduzido por Deus foi cumprido em Cristo. O sacerdócio levítico foi substituído, e uma nova ordem foi estabelecida, na qual todos somos parte do “sacerdócio real”.

Nesta semana, ao estudarmos as vestes usadas pelos sacerdotes no antigo sistema, podemos aprender um pouco sobre o que significa ser “sacerdotes” no novo sistema. 

Domingo                                  A antiga aliança da graça


Jesus declarou de forma tão clara quanto a linguagem humana poderia expressar: “A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido” (Lc 12:48, NVI). Como adventistas, com tudo que recebemos (e recebemos muito!), faríamos bem em levar a sério esse princípio poderoso. Basta comparar as verdades que recebemos com algumas das outras doutrinas que estão por aí (tormento eterno no inferno, mudança do sábado para o domingo, 144 mil judeus virgens pregando o evangelho, quando a igreja é arrebatada secretamente durante o reinado do anticristo), para compreender tudo o que nos foi confiado.

Por causa desse princípio, o pecado de Arão e o bezerro de ouro se tornaram muito piores.

1. Leia Êxodo 32:1-6. Que possível desculpa Arão poderia ter dado para participar dessa vergonhosa apostasia?
1 Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido.
2  Disse-lhes Arão: Tirai as argolas de ouro das orelhas de vossas mulheres, vossos filhos e vossas filhas e trazei-mas.
3  Então, todo o povo tirou das orelhas as argolas e as trouxe a Arão.
4  Este, recebendo-as das suas mãos, trabalhou o ouro com buril e fez dele um bezerro fundido. Então, disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito.
5  Arão, vendo isso, edificou um altar diante dele e, apregoando, disse: Amanhã, será festa ao SENHOR.
6  No dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se.  Êxodo 32:1-6

A apostasia em si foi muito ruim, mas que Arão a aceitasse parece ainda mais incrível. Pense em todos os privilégios que Arão havia recebido. Ele estava com Moisés desde o início

27  Disse também o SENHOR a Arão: Vai ao deserto para te encontrares com Moisés. Ele foi e, encontrando-o no monte de Deus, o beijou.
28  Relatou Moisés a Arão todas as palavras do SENHOR, com as quais o enviara, e todos os sinais que lhe mandara.
29  Então, se foram Moisés e Arão e ajuntaram todos os anciãos dos filhos de Israel.
30  Arão falou todas as palavras que o SENHOR tinha dito a Moisés, e este fez os sinais à vista do povo. (Êx 4:27-30)

e foi o porta-voz de Moisés diante de Faraó Então, disse o SENHOR a Moisés: Vê que te constituí como Deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será teu profeta. (Êx 7:1);

Arão lançou o bordão que se tornou em serpente Então, Moisés e Arão se chegaram a Faraó e fizeram como o SENHOR lhes ordenara; lançou Arão o seu bordão diante de Faraó e diante dos seus oficiais, e ele se tornou em serpente. (Êx 7:10);

ele feriu as águas que se transformaram em sangue Fizeram Moisés e Arão como o SENHOR lhes havia ordenado: Arão, levantando o bordão, feriu as águas que estavam no rio, à vista de Faraó e seus oficiais; e toda a água do rio se tornou em sangue. (Êx 7:20);

e fez parte do grupo de escolhidos que puderam se aproximar do Senhor de modo muito especial E subiram Moisés, e Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel. E viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia uma como pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade. (Êx 24:9, 10).

Em suma, ele teve privilégios que poucos na história tiveram, e quando veio um grande teste, ele falhou de forma miserável!

No entanto, aqui está algo maravilhoso: Deus não só perdoou o pecado de Arão, mas permitiu finalmente que Arão usasse as vestes sagradas como primeiro sumo sacerdote da nação da aliança, um tipo do ministério sumo sacerdotal do próprio Jesus  Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, (Hb 8:1). Em outras palavras, embora Arão fosse culpado de um pecado terrível, ele também foi beneficiado com a divina graça redentora, graça tão grande que não apenas o perdoou, mas permitiu que Arão assumisse um ofício sagrado que, na sua essência, se relaciona totalmente com a graça, misericórdia e perdão divinos. Assim, a vida de Arão é um exemplo especial da misericórdia e redenção que, em Cristo, se acha à disposição de todos.

Você já falhou, de forma lastimável, em viver à altura do que tem recebido? A partir do exemplo de Arão, como você pode obter esperança de que nem tudo está perdido, apesar de seus erros? 





O sacerdócio

Segunda                                           




Faze também vir para junto de ti Arão, teu irmão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para Me oficiarem como sacerdotes, a saber, Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar” (Êx 28:1).

O sacerdócio levítico foi estabelecido durante as peregrinações dos filhos de Israel pelo deserto e deveria durar mais de mil e quinhentos anos. Embora o conceito de sacerdócio ao Senhor já existisse havia muito tempo (
Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; Gn 14:18), o estabelecimento do sacerdócio levítico proporcionou uma visão mais clara de seu papel.

Como vimos ontem, apesar da enormidade de seu pecado, Arão foi escolhido pelo Senhor para se tornar o primeiro chefe desse novo sacerdócio. Isso mostra que os sacerdotes necessitavam estar aptos a se relacionar com as pessoas que eles representavam diante de Deus, porque era exatamente isso que eles estavam fazendo: agindo como representantes, mediadores entre a humanidade caída e um Deus santo. Arão, como um ser humano caído, poderia facilmente se relacionar com os seres humanos caídos a quem ele devia representar. Quem seria ele para julgar os outros no pecado deles, quando ele mesmo não era inocente?

Ao mesmo tempo, o sacerdócio era uma honra sagrada, e os sacerdotes deviam demonstrar santidade e pureza. Afinal, eram eles que se apresentavam diante do Senhor, em lugar do povo. Eles tinham que ser “santos”; caso contrário, qual seria a finalidade de um sacerdócio? Embora reconhecessem sua relação com aqueles a quem representavam, eles tinham que ser diferentes, não de forma arbitrária (diferentes apenas para ser diferentes), mas diferentes no sentido sagrado, que iria distingui-los claramente das massas como um todo.

2. O que era exigido dos sacerdotes, e o que essas coisas deveriam representar? 
7  Não tomarão mulher prostituta ou desonrada, nem tomarão mulher repudiada de seu marido, pois o sacerdote é santo a seu Deus.
8  Portanto, o consagrarás, porque oferece o pão do teu Deus. Ele vos será santo, pois eu, o SENHOR que vos santifico, sou santo.
9  Se a filha de um sacerdote se desonra, prostituindo-se, profana a seu pai; será queimada.
10  O sumo sacerdote entre seus irmãos, sobre cuja cabeça foi derramado o óleo da unção, e que for consagrado para vestir as vestes sagradas, não desgrenhará os cabelos, nem rasgará as suas vestes.
11  Não se chegará a cadáver algum, nem se contaminará por causa de seu pai ou de sua mãe.
12  Não sairá do santuário, nem profanará o santuário do seu Deus, pois a consagração do óleo da unção do seu Deus está sobre ele. Eu sou o SENHOR.
13  Ele tomará por mulher uma virgem.
14  Viúva, ou repudiada, ou desonrada, ou prostituta, estas não tomará, mas virgem do seu povo tomará por mulher.
15  E não profanará a sua descendência entre o seu povo, porque eu sou o SENHOR, que o santifico.
16 Disse mais o SENHOR a Moisés:
17  Fala a Arão, dizendo: Ninguém dos teus descendentes, nas suas gerações, em quem houver algum defeito se chegará para oferecer o pão do seu Deus.
18  Pois nenhum homem em quem houver defeito se chegará: como homem cego, ou coxo, ou de rosto mutilado, ou desproporcionado,
19  ou homem que tiver o pé quebrado ou mão quebrada,
20  ou corcovado, ou anão, ou que tiver belida no olho, ou sarna, ou impigens, ou que tiver testículo quebrado.
21  Nenhum homem da descendência de Arão, o sacerdote, em quem houver algum defeito se chegará para oferecer as ofertas queimadas do SENHOR; ele tem defeito; não se chegará para oferecer o pão do seu Deus.
22  Comerá o pão do seu Deus, tanto do santíssimo como do santo.
23  Porém até ao véu não entrará, nem se chegará ao altar, porque tem defeito, para que não profane os meus santuários, porque eu sou o SENHOR, que os santifico.
24  Assim falou Moisés a Arão, aos filhos deste e a todos os filhos de Israel. Lv 21:7-24; 

1 Disse o SENHOR a Moisés:
2  Dize a Arão e aos seus filhos que se abstenham das coisas sagradas, dedicadas a mim pelos filhos de Israel, para que não profanem o meu santo nome. Eu sou o SENHOR.
3  Dize-lhes: Todo homem, que entre as vossas gerações, de toda a vossa descendência, se chegar às coisas sagradas que os filhos de Israel dedicam ao SENHOR, tendo sobre si a sua imundícia, aquela alma será eliminada de diante de mim. Eu sou o SENHOR.
4  Ninguém da descendência de Arão que for leproso ou tiver fluxo comerá das coisas sagradas, até que seja limpo; como também o que tocar alguma coisa imunda por causa de um morto ou aquele com quem se der a emissão do sêmen;
5  ou qualquer que tocar algum réptil, com o que se faz imundo, ou a algum homem, com o que se faz imundo, seja qual for a sua imundícia.
6  O homem que o tocar será imundo até à tarde e não comerá das coisas sagradas sem primeiro banhar o seu corpo em água.
7  Posto o sol, então, será limpo e, depois, comerá das coisas sagradas, porque isto é o seu pão.
8  Do animal que morre por si mesmo ou é dilacerado não comerá, para, com isso, não contaminar-se. Eu sou o SENHOR. Lv. 22:1-8

Por mais difícil que seja compreendermos alguns desses conceitos hoje, a ideia, todavia, deve estar clara: o sacerdócio deveria ser algo diferente, sagrado, especial. Os sacerdotes eram símbolos de Jesus, e seu trabalho deveria simbolizar, em sombras e tipos, o que Jesus faria em nosso favor.

Deveríamos ser diferentes do mundo que nos rodeia? Se sim, por que e de que forma? 





Vestes sacerdotais

Terça                                                




As vestes, pois, que farão são estas: um peitoral, uma estola sacerdotal, uma sobrepeliz, uma túnica bordada, mitra e cinto. Farão vestes sagradas para Arão, teu irmão, e para seus filhos, para Me oficiarem como sacerdotes” (Êx 28:4).

Quando se estuda o modelo do santuário terrestre, deveria ficar claro que nada foi deixado ao acaso. Deus deu instruções explícitas aos sacerdotes sobre o que devia ser feito. Isso também é evidente quando se trata das vestes que os sacerdotes deveriam usar. Tudo foi feito de acordo com instruções exatas.

3. Sem nos demorarmos em detalhes complicados, que lições espirituais podemos encontrar em Êxodo 28, na descrição da roupa que deveria ser feita para Arão, o sumo sacerdote, e para os sacerdotes em geral? 
O modelo das vestes sacerdotais foi dado a conhecer a Moisés no monte. Cada artigo que o sumo sacerdote devia usar, e a forma como deveria ser feito, foram especificados. Essas vestes eram consagradas a um propósito muito solene. Por meio delas era representado o caráter do grande Antítipo, Jesus Cristo. Elas cobriam o sacerdote com glória e beleza, e manifestavam a dignidade do seu ofício. Quando vestido com elas, o sacerdote se apresentava como representante de Israel, mostrando por suas vestes a glória que Israel deveria revelar ao mundo como o povo escolhido de Deus” (Ellen G. White, The Youth’s Instructor, 7 de junho de 1900).

Ao longo dos séculos, muito tem sido escrito sobre o suposto significado e simbolismo das cores, tecidos, pedras, correntes e outras coisas. Sejam quais forem seus significados individuais, juntos eles representavam a perfeição, santidade, beleza e dignidade do “grande Antítipo”, Jesus, nosso verdadeiro sumo sacerdote, que ministra no santuário celestial (Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. Hb 8:1, 2).
Observe também, nos textos, a descrição dos sacerdotes levando várias coisas

12  E porás as duas pedras nas ombreiras da estola sacerdotal, por pedras de memória aos filhos de Israel; e Arão levará os seus nomes sobre ambos os seus ombros, para memória diante do SENHOR. 
29  Assim, Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do SENHOR continuamente.
30  Também porás no peitoral do juízo o Urim e o Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entrar perante o SENHOR; assim, Arão levará o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do SENHOR continuamente.
38  E estará sobre a testa de Arão, para que Arão leve a iniqüidade concernente às coisas santas que os filhos de Israel consagrarem em todas as ofertas de suas coisas santas; sempre estará sobre a testa de Arão, para que eles sejam aceitos perante o SENHOR.
42  Faze-lhes também calções de linho, para cobrirem a pele nua; irão da cintura às coxas. (Êx 28:12, 29, 30, 38, 42).

Isto, certamente, é um tema crucial em todo o plano da salvação, que o sacerdócio e o santuário simbolizavam: a ideia de Jesus, nosso Substituto, carregando sobre Si os nossos pecados e assumindo a punição deles. Tudo isso foi prefigurado por meio das cerimônias do santuário e das vestes dos sacerdotes, cheias de simbolismo que representavam o caráter e a obra de Jesus em nosso favor.  





sexta-feira, 22 de abril de 2011

O peitoral do juízo

Quarta                                        




De todos os ornamentos usados pelos sacerdotes, o mais elaborado e intrincado deveria ser o peitoral do juízo (Farás também o peitoral do juízo de obra esmerada, conforme a obra da estola sacerdotal o farás: de ouro, e estofo azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino retorcido o farás. Êx 28:15), usado pelo sumo sacerdote. As outras vestes eram como um pano de fundo para essa parte sagrada do traje sacerdotal. Para descrever a fabricação desse ornamento sagrado, é gasto cerca de um terço do capítulo (Êx 28:15-30). Isso deve mostrar um pouco da sua importância e centralidade para o ministério dos sacerdotes no santuário.

4. Qual é o significado das pedras diferentes? O que significa o fato de que o sacerdote devia levar “os nomes dos filhos de Israel... sobre o seu coração” (v. 29)? 

15 Farás também o peitoral do juízo de obra esmerada, conforme a obra da estola sacerdotal o farás: de ouro, e estofo azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino retorcido o farás.
16  Quadrado e duplo, será de um palmo o seu comprimento, e de um palmo, a sua largura.
17  Colocarás nele engaste de pedras, com quatro ordens de pedras: a ordem de sárdio, topázio e carbúnculo será a primeira ordem;
18  a segunda ordem será de esmeralda, safira e diamante;
19  a terceira ordem será de jacinto, ágata e ametista;
20  a quarta ordem será de berilo, ônix e jaspe; elas serão guarnecidas de ouro nos seus engastes.
21  As pedras serão conforme os nomes dos filhos de Israel, doze, segundo os seus nomes; serão esculpidas como sinetes, cada uma com o seu nome, para as doze tribos.
22  Para o peitoral farás correntes como cordas, de obra trançada de ouro puro.
23  Também farás para o peitoral duas argolas de ouro e porás as duas argolas nas extremidades do peitoral.
24  Então, meterás as duas correntes de ouro nas duas argolas, nas extremidades do peitoral.
25  As duas pontas das correntes prenderás nos dois engastes e as porás nas ombreiras da estola sacerdotal na frente dele.
26  Farás também duas argolas de ouro e as porás nas duas extremidades do peitoral, na sua orla interior junto à estola sacerdotal.
27  Farás também duas argolas de ouro e as porás nas duas ombreiras da estola sacerdotal, abaixo, na frente dele, perto da sua juntura, sobre o cinto de obra esmerada da estola sacerdotal.
28  E ligarão o peitoral com as suas argolas às argolas da estola sacerdotal por cima com uma fita azul, para que esteja sobre o cinto da estola sacerdotal; e nunca o peitoral se separará da estola sacerdotal.
29  Assim, Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do SENHOR continuamente.
30  Também porás no peitoral do juízo o Urim e o Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entrar perante o SENHOR; assim, Arão levará o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do SENHOR continuamente.  Êx 28:15-30; 

12  Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.
13  Três portas se achavam a leste, três, ao norte, três, ao sul, e três, a oeste.
14  A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Ap 21:12-14

Aqui, de forma única, vemos novamente o tema do sacerdote, símbolo de Jesus, levando Seu povo. A palavra hebraica para “levar”, é muito usada no Antigo Testamento para se referir ao ato de levar o pecado, algo que os sacerdotes fariam como parte de seu ministério

Por que não comestes a oferta pelo pecado no lugar santo? Pois coisa santíssima é; e o SENHOR a deu a vós outros, para levardes a iniqüidade da congregação, para fazerdes expiação por eles diante do SENHOR. Lv 10:17

E estará sobre a testa de Arão, para que Arão leve a iniqüidade concernente às coisas santas que os filhos de Israel consagrarem em todas as ofertas de suas coisas santas; sempre estará sobre a testa de Arão, para que eles sejam aceitos perante o SENHOR. Êx 28:38

1 Disse o SENHOR a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo levareis sobre vós a iniqüidade relativamente ao santuário; tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniqüidade relativamente ao vosso sacerdócio.  
22  E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação, para que não levem sobre si o pecado e morram. Nm 18:1, 22

 Agora, porém, é usada no contexto do sacerdote “levando” os nomes de Israel. Embora o contexto imediato seja um pouco diferente, a ideia ainda está ali: o povo de Deus deve ser totalmente dependente do Senhor, que lhes perdoa, sustenta, e que lhes oferece o poder de viver a vida santa que Ele exige de Seu povo (tudo posso naquele que me fortalece Fp 4:13).

Observe, também, onde o sacerdote leva os nomes das pessoas. No seu coração. O texto menciona especificamente esse local, símbolo comum na Bíblia (e em muitas culturas), que revela o amor e o carinho que o Senhor dedica a Seus filhos.

Outro ponto importante é que cada tribo tinha uma pedra preciosa diferente, cada uma com qualidades diferentes, para simbolizar o caráter distintivo de cada tribo (veja Gn 49). Os comentaristas têm visto esse ponto como uma forma de apontar as diferenças e traços característicos, não apenas nas doze tribos, nem nos doze apóstolos (
A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Ap 21:14), mas da igreja como um todo, que é feita de várias “pedras que vivem” (também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. 1Pe 2:5). Não importando o quanto todos nós sejamos diferentes em personalidade, caráter e dons, devemos ainda ser unidos em propósito, sob a graça e soberania de nosso grande Sumo Sacerdote, Jesus.

De que maneiras você tem, pessoalmente, experimentado o amor de Deus? Como Ele tem mostrado que você está perto de Seu coração? Por que é importante refletir sobre essas experiências, e como você pode extrair força delas, especialmente em momentos de aflição?




Jesus, nosso Sumo sacerdote

Quinta                                    




Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os Céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos Sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4:14, 15).

5. Que esperança e promessa esses dois versos trazem à sua própria vida e à sua luta contra a tentação?

Visto que Cristo habita hoje, como nosso Sacerdote, no santuário celestial, em certo sentido, Ele também usa o peitoral em Seu coração. E porque Ele vive “sempre para interceder” (Hb 7:25) por nós, deveríamos encontrar conforto no conhecimento de que nosso Sumo sacerdote é tocado com o sentimento de nossos problemas, dores e tentações. Como Arão, Jesus foi um ser humano que conheceu as provações, tribulações e tentações de toda a humanidade. Ao contrário de Arão, porém, Jesus foi “sem pecado”, uma distinção crucial, pois de Sua pureza podemos clamar duas promessas maravilhosas:
(1) o manto de Sua justiça pode ser nosso pela fé, e assim sabemos que estamos perfeitos diante de Deus;
(2) podemos ter o poder para vencer a tentação, assim como Jesus teve.

6. Que promessas há para nós em Hebreus 8:10-13, e como essas promessas deveriam se manifestar em nossa vida?

10  Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
11  E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.
12  Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei.
13  Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer.  Hebreus 8:10-13

Podemos ver aqui dois aspectos do que significa ter a salvação em Cristo, e ser coberto na Sua justiça. Quão maravilhosa é esta promessa do Senhor: “Pois, para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais Me lembrarei” (v. 12). Ele está falando sobre aqueles que, pela fé, se renderam a Jesus e têm reclamado Suas promessas da nova aliança, aqueles que têm Sua lei escrita no coração e assim obedecem a ela, não para alcançar a salvação, mas porque já a alcançaram. Cobertos com as vestes de Sua justiça, eles passam a praticar essa justiça em sua própria vida. Isso é o coração e a alma da Nova Aliança.

Sexta                                       Estudo adicional


Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 347, 348,“O Tabernáculo e Suas Cerimônias”; Parábolas de Jesus, p. 288, “Por que Vem a Ruína”; Profetas e Reis, p. 293, 294, “Destruído Porque lhe Faltou o Conhecimento”, Primeiros Escritos, p. 250-253, “O Santuário”; O Grande Conflito, p. 415, 416, “O Santuário Celestial, Centro de Nossa Esperança”; e p. 645, 646, “O Livramento dos Justos”.

Cristo é o ministro do verdadeiro tabernáculo, o Sumo sacerdote de todos os que nEle creem como Salvador pessoal; e Seu ofício nenhum outro pode tomar. Ele é o Sumo sacerdote da igreja...” (Ellen G. White, Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 74).

Devemos exercer fé todos os dias; e essa fé deve crescer diariamente à medida que é exercida, ao compreendermos que Ele não somente nos redimiu, mas nos amou, e nos lavou de nossos pecados em Seu próprio sangue, e nos fez reis e sacerdotes para Deus o Pai” (Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 287).

Perguntas para reflexão:
1. E da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! Apocalipse 1:5, 6, onde Jesus apresenta a descrição do Seu trabalho e, em seguida, dá-nos o que poderíamos chamar de “promessa ansiosamente esperada”. Comente o que significa a afirmação no verso 6, de que Ele nos constituiu para ser “reis e sacerdotes”, para servi-Lo eternamente.

2. Examine algumas das outras vestes usadas pelos sacerdotes, conforme mostradas em Êxodo 28. Que lições espirituais e verdades podem ser encontradas ali também?

3. Temos sido advertidos sobre o perigo de fingir que usamos as vestes de justiça, mas não viver realmente de forma justa. Fale sobre maneiras de avaliar nossos próprios motivos e ações. Quais são as maneiras de saber se estamos cobertos ou se, na verdade, estamos andando na vergonha de nossa nudez?

4. Arão não conseguiu viver à altura de sua responsabilidade, e como resultado aconteceu uma tragédia. No entanto, Arão finalmente recebeu uma responsabilidade ainda maior. Que lição podemos tirar dessa história, como igreja?







As vestes sacerdotais da graça (resumo do estudo nº 05)




Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz 1 Pedro 2:9

Saber: Reconhecer aspectos das disposições de Deus para nós e a ilustração de Seu caráter na função sacerdotal de Arão e nas roupas de seu ofício.
Sentir: Nutrir o sentimento de santidade e pureza que Deus nos chama a ter como Seu sacerdócio real, nação santa.
Fazer: Aceitar Cristo como nosso Sumo Sacerdote e fazer uso das disposições para nos perdoar, purificar e que nos permitem viver em santidade.

Esboço

I. Nos passos da realeza sacerdotal
A. Como a função sacerdotal de Arão hoje reflete para nós Jesus e Seu real ministério sacerdotal?
B. Como as vestes e o peitoral de Arão ilustram a função de Deus para Israel como Seu representante entre as nações, bem como a função de Cristo como Sumo Sacerdote?

II. Puro e santo
A. Como Arão devia representar a glória e beleza de Deus?
B. Que emoções eram despertadas pela riqueza e esplendor de suas vestes sacerdotais?

III. Cristo, nosso Sumo Sacerdote
A. Que somos chamados a fazer em resposta ao ministério de Cristo como Sumo Sacerdote?
B. Em que devemos depender do que Cristo faz por nós?
C. Visto que somos sacerdotes reais e nação santa, como devemos representar a glória, santidade e perfeição de Deus hoje?

Resumo: 
A função sacerdotal de Arão e de suas vestes ilustra a função que Cristo tem exercido como alguém que foi tentado como nós, levando nossos pecados, mas também nos conectando à perfeição pura e santa de Deus.

Motivação
Os sacerdotes da época do Antigo Testamento eram uma classe diferente de pessoas especialmente dedicada a Deus. Eles poderiam facilmente ser identificados por suas roupas exclusivas, simbólicas. Como cristãos, também somos sacerdotes em um sentido muito real, e devemos ser reconhecidos pelo trabalho de Cristo dentro de nós.

Faça um paralelo entre as vestes especiais usadas pelos sacerdotes para servir a Deus e as vestes figurativas da justiça de Cristo, que nos permitem chegar diante de Deus em nosso estado como seres humanos pecadores.

Em 1972, o jornalista David Halberstam publicou The Best and the Brightest (Os Melhores e Mais Brilhantes), um livro sobre os arquitetos da política dos Estados Unidos no Vietnã na década de 1960. O título de Halberstam se refere ao fato de que essas pessoas receberam a melhor educação nas melhores instituições de ensino superior e, antes de participar da estratégia dos Estados Unidos que se iniciava no Vietnã, a maioria tinha conseguido notáveis sucessos e triunfos nos negócios, no governo e na área acadêmica. Então – perguntou Halberstam – por que se revelaram desastrosas as políticas que formularam e puseram em prática?

Se você olhar para a história bíblica, Deus raramente escolheu “os melhores e mais brilhantes”. E quando “os melhores e mais brilhantes” aparecem na história sagrada, muitas vezes não se revelam tão brilhantes nem tão bons, afinal. Exemplos: Saul, Judas e Salomão. Seus melhores servos muitas vezes não começam tão bem. Moisés cometeu um assassinato por impulso, fugiu para o deserto e tentou escapar de sua missão. Jonas fugiu na direção oposta para evitar o confronto com seu próprio medo e intolerância. Paulo foi um perseguidor e facilitador da violência da multidão.

Ninguém de nós é “o melhor e mais brilhante”. E se o somos, é apenas porque o padrão é bem baixo. O sacerdócio real de Deus é composto de pecadores arrependidos e recuperados “melhores e mais brilhantes” que percebem que precisam das vestes da graça e da justiça de Cristo.

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O que significa o fato de que nós, os cristãos, em sentido muito real, somos sacerdotes de Deus? Como isso deve afetar nossa autoestima e nosso lugar no mundo?

Estabeleça um paralelo entre os direitos e as funções dos sacerdotes do Antigo Testamento e do nosso papel e função como membros da igreja.

Comentário Bíblico


I. “Sacerdote do Deus Altíssimo...”

18  Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo;
19  abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra;
20  e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo.Gn 14:18-20.)

O episódio relatado em Gênesis 14:18-20 é um dos mais intrigantes do Antigo Testamento. Quem era Melquisedeque? De onde tinha vindo? Qual era a natureza do sacerdócio que ele aparentemente representava, anterior ao sacerdócio levítico, com o qual estamos mais ocupados?

O nome de Melquisedeque nos diz muito sobre ele. Sua raiz semita significa literalmente “rei sagrado [ou justo]”. Ele é descrito como rei bem como sacerdote, e reinava em Salém, que a maioria dos estudiosos identifica com Jerusalém.

1 Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou,
2  para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo (primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz;
3  sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente.Heb 7:1-3

Os cristãos, do autor de Hebreus (7:1-3)  em diante, costumam identificá-lo implicitamente com Cristo. Afinal, só Cristo é verdadeiramente digno de ser descrito como rei santo ou sagrado. Entre os israelitas, a realeza se destinava a ser exercida sob a autoridade de Deus, mas raramente isso acontecia. Na tradição bíblica, não há paralelo a respeito de rei humano como um semideus, como havia entre os povos vizinhos do mundo antigo. Mesmo Davi, que foi considerado um tipo do Messias, não poderia ter sido descrito como particularmente sagrado. No entanto, Melquisedeque, assim como Cristo, foi um rei “sagrado”.

Além disso, Melquisedeque era “rei [da cidade] de Salém”, que, literalmente, significa “rei de paz.” Esse é um paralelo muito apropriado com o “príncipe da paz”, outra denominação de Cristo.

Também é interessante notar o seguinte: embora normalmente consideremos que, naquela época, o culto do verdadeiro Deus não exista além de Abraão, a presença de Melquisedeque refuta essa hipótese. Melquisedeque não tinha nada que ver com Abraão ou sua linhagem, mas, de algum modo, Abraão sabia quem era ele e reconhecia sua autoridade.

Pense nisto: Em Hebreus 7:3, Melquisedeque é descrito como não possuindo relacionamentos humanos. Não havia nada nele que pudesse ser atribuído à linhagem, origem ou realizações humanas. O que isso nos diz sobre nossa salvação e nossa incorporação ao sacerdócio real de Cristo, conhecido como a igreja?

II. Urim e Tumim

15
Farás também o peitoral do juízo de obra esmerada, conforme a obra da estola sacerdotal o farás: de ouro, e estofo azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino retorcido o farás.
16  Quadrado e duplo, será de um palmo o seu comprimento, e de um palmo, a sua largura.
17  Colocarás nele engaste de pedras, com quatro ordens de pedras: a ordem de sárdio, topázio e carbúnculo será a primeira ordem;
18  a segunda ordem será de esmeralda, safira e diamante;
19  a terceira ordem será de jacinto, ágata e ametista;
20  a quarta ordem será de berilo, ônix e jaspe; elas serão guarnecidas de ouro nos seus engastes.
21  As pedras serão conforme os nomes dos filhos de Israel, doze, segundo os seus nomes; serão esculpidas como sinetes, cada uma com o seu nome, para as doze tribos.
22  Para o peitoral farás correntes como cordas, de obra trançada de ouro puro.
23  Também farás para o peitoral duas argolas de ouro e porás as duas argolas nas extremidades do peitoral.
24  Então, meterás as duas correntes de ouro nas duas argolas, nas extremidades do peitoral.
25  As duas pontas das correntes prenderás nos dois engastes e as porás nas ombreiras da estola sacerdotal na frente dele.
26  Farás também duas argolas de ouro e as porás nas duas extremidades do peitoral, na sua orla interior junto à estola sacerdotal.
27  Farás também duas argolas de ouro e as porás nas duas ombreiras da estola sacerdotal, abaixo, na frente dele, perto da sua juntura, sobre o cinto de obra esmerada da estola sacerdotal.
28  E ligarão o peitoral com as suas argolas às argolas da estola sacerdotal por cima com uma fita azul, para que esteja sobre o cinto da estola sacerdotal; e nunca o peitoral se separará da estola sacerdotal.
29  Assim, Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do SENHOR continuamente.
30  Também porás no peitoral do juízo o Urim e o Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entrar perante o SENHOR; assim, Arão levará o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do SENHOR continuamente.  Êx 28:15-30; 

Em Êxodo, a palavra que traduzimos como “peitoral” significa, na realidade, bolsa ou recipiente, provavelmente porque seu principal objetivo fosse conter o Urim e Tumim. Não sabemos qual era a forma exata do Urim e Tumim, mas sabemos que eram dispositivos oraculares, designados para responder a questões importantes dos negócios do povo de Israel.

Os termos Urim e Tumim são tradicionalmente traduzidos comos “luzes” e “perfeições”. Curiosamente, as raízes dessas palavras parecem dizer respeito aos conceitos de culpado e inocente. Outros possíveis significados são, respectivamente: amaldiçoado ou sem defeito, no que diz respeito à própria posição diante de Deus. À medida em que as palavras se referem à luz, parece ser luz com uma qualidade de investigação ou pesquisa, a luz que dissipa as trevas e expulsa o mal, como mencionado em João 3:19 (
O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más) Sua função era analisar e pesquisar as pessoas ou situações e determinar sua verdadeira natureza. Muitos povos antigos tinham seus oráculos, dispositivos oraculares e meios de adivinhação. Quase sem exceção, eles tinham a intenção de responder a perguntas sobre a conveniência ou probabilidade de sucesso de determinado curso de ação. O Urim e o Tumim diferiam no sentido de que a orientação dada tinha também uma dimensão moral.

O único exemplo do uso do Urim e Tumim na Bíblia ocorre em 1Samuel 14:41 (
Falou, pois, Saul ao SENHOR, Deus de Israel: Mostra a verdade. Então, Jônatas e Saul foram indicados por sorte, e o povo saiu livre), em que é usado para determinar culpa ou inocência. Saul havia decretado um jejum (v. 24), e ele invocou a ira de Deus sobre quem comesse antes que ele derrotasse os filisteus na batalha. Seu filho, Jônatas, em um momento de fraqueza, provou o mel. A explosão de ira de Saul fez com que Deus não respondesse quando ele solicitou informação adicional. Assim, o Urim e o Tumim revelaram a culpa de Jônatas, mas, de alguma forma, Jônatas foi salvo da sentença de morte (1Samuel 14:45 Porém o povo disse a Saul: Morrerá Jônatas, que efetuou tamanha salvação em Israel? Tal não suceda. Tão certo como vive o SENHOR, não lhe há de cair no chão um só cabelo da cabeça! Pois foi com Deus que fez isso, hoje. Assim, o povo salvou a Jônatas, para que não morresse.).

A partir de tudo isso, podemos determinar que uma das principais funções do Urim e Tumim era literalmente trazer à luz culpa ou inocência. Podemos ver como isso é relevante para a função de Jesus como nosso Sumo Sacerdote e juiz escatológico do mundo. Também se espera dos cristãos juízo ou onde é dito que “os santos”, ou seja, aqueles que pertencem à igreja, julgarão o mundo e, finalmente, os anjos.

Pense nisto: 
Existem raros exemplos de uso do Urim e Tumim no mundo do Antigo Testamento, e é fácil ver como um item tão poderoso poderia ter sido mal utilizado ou abusado. Como podemos buscar a orientação de Deus e nos apoderar de Sua sabedoria e discernimento enquanto tentamos viver como cristãos no mundo?

Aplicação
Use as seguintes questões e exercícios para ajudar seus alunos a entender o que significa fazer parte do sacerdócio real de Deus no mundo de hoje.

Perguntas para consideração
1. A principal função do sacerdote era a de ser representante do mundo dos humanos diante de Deus, um intermediário. Como o ministério do sacerdócio araônico reflete o de Cristo? Como era diferente?

1 Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou,
2  para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo (primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz;
3  sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente.
4  Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos.
5  Ora, os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm mandamento de recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo, ou seja, dos seus irmãos, embora tenham estes descendido de Abraão;
6  entretanto, aquele cuja genealogia não se inclui entre eles recebeu dízimos de Abraão e abençoou o que tinha as promessas.
7  Evidentemente, é fora de qualquer dúvida que o inferior é abençoado pelo superior.
8  Aliás, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali, aquele de quem se testifica que vive.
9  E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão.
10  Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste.
11  Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico (pois nele baseado o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão?
12  Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei.
13  Porque aquele de quem são ditas estas coisas pertence a outra tribo, da qual ninguém prestou serviço ao altar;
14  pois é evidente que nosso Senhor procedeu de Judá, tribo à qual Moisés nunca atribuiu sacerdotes.
15  E isto é ainda muito mais evidente, quando, à semelhança de Melquisedeque, se levanta outro sacerdote,
16  constituído não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo o poder de vida indissolúvel.
17  Porquanto se testifica: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.
18  Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade
19  (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus.
20  E, visto que não é sem prestar juramento (porque aqueles, sem juramento, são feitos sacerdotes,
21  mas este, com juramento, por aquele que lhe disse: O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre);
22  por isso mesmo, Jesus se tem tornado fiador de superior aliança.
23  Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar;
24  este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável.
25  Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.
26  Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus,
27  que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu.
28  Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre. Hebreus 7.

2. Como o simbolismo das vestes sacerdotais e o mobiliário do santuário contam a história do Novo Testamento no Antigo? Pode-se dizer que esses elementos ajudam a esclarecer e unir os elementos aparentemente díspares na antiga e na nova aliança, e mostrar que são essencialmente idênticas? Explique.

Perguntas de aplicação
1. Nas descrições bíblicas das vestes sacerdotais, costuma-se dar muita importância ao peitoral e ao fato de que ele continha, na forma de pedras preciosas, a representação do povo de Israel, o povo de Deus na época. Assim, o sacerdote conservava literalmente sobre o coração o povo a quem e por quem ele ministrava. O que isso revela sobre a atitude que devemos ter ao servir às pessoas, seja como pastores profissionais, como oficiais da igreja, seja como amigos?
2. Como cristãos, somos intermediários entre Deus e as pessoas que não O conhecem. Essa posição intermediária tem uma função sacerdotal. Como essa percepção deve afetar nosso comportamento?

Criatividade
A graça de Deus é uma constante. As formas em que se manifesta, a cada ocasião, são visivelmente diferentes, ao menos, superficialmente. Na época do Antigo Testamento, Deus concedia graça e perdão dos pecados por meio do sacerdócio araônico. Inevitavelmente, os ornamentos desse sistema podem parecer estranhos ao observador contemporâneo. As seguintes atividades devem ajudar os membros da classe a se relacionar com os rituais e insígnias do sacerdócio no templo para o plano da salvação, como pode ser visto na vida, morte e ressurreição de Cristo.

Construa ou desenhe um diagrama do santuário celestial (Você pode encontrar alguma ajuda aqui:http://www.sdanet.org/atissue/books/27/27-23.htm). Anote cada item com a explicação do seu significado e como se relaciona com a história da salvação.

Na semana anterior a esta lição, incentive seus alunos a descobrirem fatos sobre a natureza em sua área imediata. Por exemplo, que tipos de árvores podem ser encontradas em seus quintais ou bairros? Que cursos ou corpos d’água existem próximos? Que plantas e vegetais crescem melhor nesse clima e solo em particular? Incentive os alunos a relatar o que descobriram. Como Deus veste Suas verdades da graça e da salvação no mundo natural que nos rodeia?